Depois de uma “marcha fúnebre” de cerca de duas horas, os participantes, vestidos com roupas de luto, chegaram ao pé da geleira a uma altitude de cerca de 2.700 metros, perto da fronteira com o Liechtenstein e a Áustria. Uma coroa de flores foi colocada, mas ao contrário do funeral do glaciar islandês Okjökull, em 18 de agosto, nenhuma lápide foi deixada no local.
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O glaciar Pizol “perdeu tanto de sua massa que, do ponto de vista científico, já não é mais uma geleira”, disse Alessandra Degiacomi, da Associação Suíça para a Proteção do Clima, uma das ONGs responsáveis pela cerimônia de enterro. Segundo Matthias Huss, glaciólogo do Instituto Federal Suíço de Tecnologia de Zurique, que participou da cerimônia, o glaciar Pizol perdeu até 90% do seu volume desde 2006 e agora tem apenas cerca de quatro campos de futebol. Huss estima que mais de 500 glaciares suíços desapareceram completamente desde 1850, dos quais apenas 50 tinham nome.
“Portanto, o Pizol não é o primeiro. Mas pode ser considerado como o primeiro glaciar suíço a desaparecer que foi muito bem estudado”, disse.
A Rede Suíça de Pesquisas Glaciológicas (GLAMOS), classifica o Pizol como uma “geleirinha”, ou seja, geleiras muito pequenas, que constituem quase 80% do número total de geleiras suíças. Localizada a uma altitude relativamente baixa (entre 2.630 a 2.780 metros acima do nível do mar), sua existência dependia de grandes quantidades de neve acumuladas no inverno.
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