Universidades suíças estão entre as mais inovadoras da Europa
Cinco instituições suíças entraram no ranking da Reuters das universidades mais inovadoras da Europa. A comunidade acadêmica celebrou a notícia, afirmando que a abertura e as grandes redes de universidades suíças promovem a criatividade e a excelência.
Os dois institutos federais de tecnologia da Suíça entraram no ‘top ten’ do ranking da Reuters, que “identifica e agradece às instituições de ensino que mais fazem para promover a ciência, inventar novas tecnologias e potencializar novos mercados e indústrias”.
A Escola Politécnica Federal de Lausanne (EPFL) ficou em quarto lugar (subiu um posto em 2017) e o Instituto Federal de Tecnologia de Zurique (ETH Zurich) ficou em décimo (também uma posição para cima), disse a Reuters na quarta-feira. As outras três instituições suíças encontram-se entre as 100 primeiras.
O primeiro lugar foi conquistado pela KU Leuven, uma escola de língua flamenga localizada na região da Flandres, na Bélgica, pela terceira vez consecutiva.
Uns sobem, outros descem
Mas mesmo que os “suspeitos usuais” dominassem o ranking dos mais inovadores, a incerteza política pode estar causando uma grande mudança em relação à inovação, observou a Reuters. Observadas por país, as 23 universidades alemãs da lista de 2018 aumentaram em 23 pontos acumulados – mais do que qualquer outro país. A Suíça foi a segunda neste quesito, com cinco universidades subindo um total de oito posições.
Por outro lado, as 21 universidades da lista do Reino Unido registraram uma queda total de 35 posições.
A Reuters disse que a iminente saída do país da União Européia – daqui praticamente um ano – já estava tendo consequências, com alguns membros da comunidade científica possivelmente já deixando o Reino Unido para instituições continentais. O ranking da Alemanha foi impulsionado pela postura pró-ciência do governo.
Os países menores também podem se sair bem em inovação: a Bélgica tem mais universidades inovadoras ‘top 100’ per capita do que qualquer outro país na Europa, enquanto a Suíça vem em segundo lugar nessa métrica, acrescentou a Reuters.
Martina Weiss, secretária-geral da organização suíça swissuniversitiesLink externo, disse que é sempre um prazer quando os esforços dos institutos suíços de ensino superior são reconhecidos.
“As universidades suíças são um fator chave para a inovação na sociedade e na economia”, disse ela à swissinfo.ch por e-mail. “O fato de a área de educação e pesquisa suíça estar bem conectada e aberta promove a criatividade e a excelência.”
Por sua vez, a EPFL comentou: “Estamos felizes em ver que os nossos esforços para a inovação – a terceira missão da escola após a educação e pesquisa – são reconhecidos nos padrões internacionais”, disse seu presidente Martin Vetterli. “O desempenho geral das universidades suíças nesse ranking é muito positivo para um país pequeno como o nosso”.
Nada de novo
Os dois principais institutos federais suíços já estão acostumados a se sair bem em classificações internacionais.
Em fevereiro, também foi estimado que a EPFL e a ETH Zurich juntas respondem por cerca de 100.000 empregos e agregam 13 bilhões de francos suíços (US$ 13,2 bilhões) à economia.
swissinfo.ch/ets
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