A pobreza afetou 675 mil pessoas, incluindo 100 mil crianças em 2017, um aumento de 10% em relação ao ano anterior, de acordo com o relatórioLink externo (em francês) da organização não-governamental CaritasLink externo.
Em 2014, a pobreza afetou 6,7% da população da Suíça, mas aumentou para 8% em 2017. O aumento ocorre apesar de uma economia saudável e de uma taxa de desemprego (2,6%) que foi para o seu nível mais baixo dos últimos dez anos.
Mas, em 2018, havia 35.000 desempregados que tinham utilizado os seus subsídios de desemprego, um número que se estabilizou em um nível elevado, diz a Caritas. Havia também 360 mil pessoas que gostariam de trabalhar mais, mas não conseguiram encontrar uma oportunidade adequada.
Isso afeta principalmente as mulheres, que são três vezes mais propensas a trabalhar em tempo parcial do que os homens. Como consequência, as aposentadorias das mulheres são, em média, 37% mais baixas do que as dos homens.
As mensalidades dos planos de saúde obrigatórios estão também afetando os rendimentos das pessoas. Os convênios mais do que dobraram nos últimos 20 anos, enquanto os salários aumentaram apenas 14% em termos reais durante o mesmo período. Segundo a Caritas, na maioria dos cantões as pessoas pagam em média 15% a 18% dos seus rendimentos em seguros de saúde, muito mais do que o limite máximo de 8% inicialmente fixado pelo governo.
Verificou-se que, na maioria das cidades, o risco de dependência das prestações da assistência social aumenta fortemente a partir dos 46 anos de idade. O risco aumentou mais acentuadamente para as pessoas idosas.
Perante o aumento da pobreza, a Caritas faz um apelo por uma reforma do sistema de assistência social para proporcionar uma melhor rede de previdência pública.
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