Políticos suíços e a mídia do país expressaram condenação e choque com o atentado na boate Pulse, em Orlando, onde um atirador matou pelo menos 50 pessoas e feriu dezenas de outras.
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Nascido em Londres, Thomas trabalhou para o jornal inglês The Independent antes de se mudar para Berna em 2005. Domina três idiomas suíços oficiais e gosta de viajar pelo país e praticá-los, sobretudo nos seus pubs, restaurantes e sorveterias.
“A Suíça condena nos termos mais fortes o ato terrorista que atingiu Orlando ontem, e estende suas sinceras condolências às famílias e parentes das vítimas desta tragédia”, declarou o ministro das Relações Exteriores, Didier Burkhalter, na segunda-feira, em discurso na abertura da sessão de junho do Conselho dos Direitos Humanos, em Genebra.
“Temos que continuar nossa luta e prevenir o terrorismo, a fim de defender nossos cidadãos e nossas liberdades”, acrescentou.
O ministro suíço das Relações Exteriores, Didier Burkhalter
Keystone
Muitos jornais suíços traçaram paralelos entre o ataque de domingo no clube gay de Orlando e o ataque em novembro na sala de concertos Bataclan, em Paris, quando 89 pessoas foram mortas. O grupo terrorista Estado Islâmico reivindicou a responsabilidade por ambos os massacres.
“Essas comparações são necessárias, a fim de compreender o alcance e as consequências do massacre de Orlando. ‘Orlando’ em breve se tornará um símbolo da ameaça sempre presente e da necessidade de proteção dos cidadãos americanos”, escreveu o jornal Neue Zürcher Zeitung (NZZ), de Zurique.
O NZZ observa ainda que o candidato republicano Donald Trump é o que mais deve se beneficiar com o ataque. “Após o ataque em San Bernardino, na Califórnia, Trump exigiu que todos os muçulmanos fossem proibidos de entrar nos Estados Unidos. O caso atual mostra, na verdade, que a medida seria inútil, já que o agressor era um cidadão americano.”
O jornal de língua alemã conclui que pode ser tentador acreditar que existem soluções simples para problemas complexos, como a radicalização de cidadãos, “mas desafios como esse exigem respostas sofisticadas e, possivelmente, paciência. Os próximos meses mostrarão se os americanos estão prontos para isso”.
Para você, qual é a melhor maneira para a sociedade se prevenir do terrorismo? Dê a sua opinião nos comentários abaixo.
Adaptação: Fernando Hirschy
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