A Suíça melhorou duas posições e fica em quinto lugar no Índice de Percepção de Corrupção da Transparência Internacional para 2016. Especialistas alertaram contra a complacência, dizendo que o país ainda é o lar da corrupção camuflada.
Este conteúdo foi publicado em
2 minutos
swissinfo.ch/fh
English
en
Unreported corruption still likely in Switzerland
original
A pesquisa anual, publicada na quarta-feira, classifica 176 países em uma escala de 100 (muito limpa) a 0 (altamente corruptos). Em 2015, a Suíça ficou em sétimo lugar, mas este ano com uma pontuação de 86, a suíça ficou por baixo dos países do norte da Europa e da Nova Zelândia. A pontuação média global é de 43, um ranking atribuído este ano ao Bahrein.
O índice baseia-se em pareceres de especialistas sobre a corrupção do setor público. Martin Hilti, diretor da Transparência Internacional Suíça, saudou os “bons resultados contínuos” do país, mas alertou que o setor público da Suíça não é necessariamente livre de corrupção.
Os países bem classificados tendem a ter graus mais elevados de liberdade de imprensa, acesso a informações sobre despesas públicas e sistemas judiciais independentes. Mas esses países têm corrupção na forma de acordos fechados, conflitos de interesse e financiamento ilícito.
“Há sempre casos de corrupção, principalmente quando se trata de contratos públicos. Eles provavelmente são a ponta do iceberg. Temos de supor que há um número considerável de casos não registrados”, disse Hilti.
A Transparência Internacional Suíça adverte que as comparações de um ano para o outro têm um significado limitado para avaliar o potencial de corrupção de um país em comparação com outro, uma vez que não inclui o setor privado.
No fim da lista deste ano estão Coreia do Norte, Sudão do Sul e Somália. O Brasil divide a 79ª posição com mais três países: China, Índia e Belarus.
Conteúdo externo
Mais lidos
Mostrar mais
Política exterior
Homens ucranianos enfrentam dilemas diários na Suíça
Como evitar que a inteligência artificial seja monopolizada?
Como evitar o monopólio da IA? Com o potencial de resolver grandes problemas globais, há risco de países ricos e gigantes da tecnologia concentrarem esses benefícios. Democratizar o acesso é possível?
Você já utilizou ferramentas de inteligência artificial no trabalhho? Elas o ajudaram ou, ao contrário, causaram mais estresse, aumentaram a carga de trabalho ou até mesmo resultaram na perda do emprego?
Se quiser iniciar uma conversa sobre um tema abordado neste artigo ou se quiser comunicar erros factuais, envie-nos um e-mail para portuguese@swissinfo.ch.
Consulte Mais informação
Mostrar mais
Corrupção não é um grande problema para os suíços
Este conteúdo foi publicado em
Os suíços não acreditam que a corrupção seja um grande problema para a pequena nação alpina. Mas os ricos exercem muita influência na política e há medo de represálias para quem denuncia casos de corrupção, revela uma pesquisa da Transparência Internacional.
Justiça e bancos suíços têm papeis antagônicos no “Escândalo da Petrobras”
Este conteúdo foi publicado em
A notícia foi divulgada esta semana no Brasil pelos procuradores que integram a força-tarefa da Operação Lava-JatoLink externo, realizada pelo Ministério Público e pela Polícia Federal para investigar ilegalidades no fechamento e pagamento de contratos de venda, exploração e produção firmados pela empresa petrolífera estatal Petrobras. Se aceitar o acordo com a Odebrecht, não será…
Odebrecht e Braskem pagarão mais de 211 milhões de francos suíços à Suíça
Este conteúdo foi publicado em
As multas foram anuncias conjuntamente pela Suíça, o Brasil e os Estados Unidos. Na Suíça, os detalhes do acordo de leniência foram divulgados em comunicado do Ministério Público (MPC). A Odebrecht AS e suas filiais Norberto Odebrecht e Brasken AS (esta em associação com a Petrobrás) são culpadas de infração de vários artigos do Código…
Iniciativa pede mudança do comportamento das multinacionais suíças
Este conteúdo foi publicado em
Em abril de 2015, organizações da sociedade civil lançaram na Suíça uma iniciativa popular reclamando mais responsabilidade às corporações multinacionais. Segundo a proposta, as empresas suíças teriam que, obrigatoriamente, realizar a devida diligência em relação a direitos humanos em suas operações em todo o mundo, como já prescrito pelos PrincípiosLink externo Orientadores sobre Empresas e…
Suíça começa a fechar o cerco à corrupção no esporte
Este conteúdo foi publicado em
Sede de 65 federações internacionais de esportes, incluindo a FIFA - instituição que manda no futebol - a Suíça vem sendo pressionada a exigir desses organismos uma mais acurada prestação de contas. Novas leis severas debatidas no Parlamento devem fazer deste país um precursor do combate à corrupção no esporte, dizem observadores.
Não foi possível salvar sua assinatura. Por favor, tente novamente.
Quase terminado… Nós precisamos confirmar o seu endereço e-mail. Para finalizar o processo de inscrição, clique por favor no link do e-mail enviado por nós há pouco
Veja aqui uma visão geral dos debates em curso com os nossos jornalistas. Junte-se a nós!
Se quiser iniciar uma conversa sobre um tema abordado neste artigo ou se quiser comunicar erros factuais, envie-nos um e-mail para portuguese@swissinfo.ch.