Uma visita ao Instituto Jacques Dalcroze de Genebra
Um dos principais objetivos da redação de língua portuguesa da antiga Rádio Suíça Internacional (RSI) era revelar aspectos desconhecidos da Suíça aos seus ouvintes. Em um dos programas, transmitido em março de 1975, o jornalista Tarcísio Lage apresenta o Instituto Jacques Dalcroze, de Genebra, criado por um dos mais importantes músicos do país.
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Alexander Thoele é de origem alemã e brasileira e ingressou na swissinfo.ch em 2002. Nascido no Rio de Janeiro, concluiu seus estudos de jornalismo e informática em Brasília e Stuttgart.
Emile Jacques DalcrozeLink externo era um austríaco nascido em 1865, mas que se mudou para Genebra, na Suíça, quando tinha apenas seis anos de idade. Ele foi o criador de um sistema de ensino de música baseado no movimento corporal expressivo, que se tornou mundialmente difundido a partir da década de 1930. Com sua pedagogia musical, Dalcroze se torna o precursor dos chamados métodos ativos na área da educação musical, influenciando toda uma geração situada primordialmente na primeira metade do século 20. Faleceu em Genebra, em 1950.
A emissão jornalística de Tarcísio Lage procurava definir a filosofia do Instituto genebrino Jacques DalcrozeLink externo. Jacques Aubert insiste, por exemplo, na necessidade de encontrar, através da música, o ritmo perdido e o senso da pulsação inato, base da rítmica. Fazer com que o corpo se movimente, respondendo espontaneamente a uma ordem exterior. Isto é apenas o início de um aprendizado musical, em vista da assimilação do método Dalcroze: “um método que faz do corpo humano o filtro da música”, integrando som ao movimento. Lidando com crianças, faz com elas encontrem o ritmo e o senso musicais.
Na época, o instituto oferecia cursos profissionais de quatro anos destinados a quem terminava a escola secundária, saiba solfejar, tocar piano e manifeste aptidões para a rítmica que juntamente com solfejo e improvisação constituem os ramos principais, além de incluir pedagogia. Outras matérias englobavam piano, harmonia, técnicas de expressão corporal, dança folclórica tradicional, relaxação e canto coral. O Instituto se dedicava ao ensino de crianças, nas quais procura desenvolver o senso e o aprendizado musicais, disse Dominique Porte. “A improvisação é sempre aplicada no sentido de estimular a criatividade”, contou Iramar Rodrigues, um aluno brasileiro do Instituto, afirmando ter tido contato com a rítmica no Chile, através de uma professora formada pela entidade em Genebra.
Criado em 1915 em Genebra pelo próprio compositor e pedagogo, o Instituto Jaques-Dalcroze continua ativo, oferecendo hoje cursos em mais de vinte países no mundo, dentre eles Estados Unidos, Canadá, Austrália e Japão. Além disso, abriu uma filial em Bruxelas.
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RSI conta como era o Instituto Jacques Dalcroze de Genebra em 1975
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