O berço de Calvino, o religioso responsável pela Reforma Protestante. Em um programa transmitido em 1977, o jornalista Luiz Amaral conta em áudio a história de Genebra para os ouvintes da Rádio Suíça Internacional (RSI).
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Alexander Thoele é de origem alemã e brasileira e ingressou na swissinfo.ch em 2002. Nascido no Rio de Janeiro, concluiu seus estudos de jornalismo e informática em Brasília e Stuttgart.
A reportagem, iniciada com breve prelúdio musical, coloca os locutores na ponte Mont Blanc, centro de Genebra, tendo, de um lado, o lago e, de outro, o rio Ródano, com a cidade às duas margens. O famoso jato d’água lança meia tonelada de água por segundo à altura de 146 m a 200 km/h. Genebra, a antiga “Roma Protestante”, é o “berço da Cruz Vermelha e uma encruzilhada das nações.”
Distingue-se também como sede europeia da ONU, por seus bancos, sua relojoaria, seus parques. Após rápido intermédio musical, fala-se da história de Genebra que começa há mais de 2 mil anos. No início do cristianismo já é um conhecido entreposto comercial, um centro que Carlos Magno dota de uma administração. Foi dominada por Borgonha, floresceu no começo do século XV, mas sofreu reveses com a descoberta do caminho marítimo para as Índias e a descoberta da América. Calvino chega pela primeira vez a Genebra em 1530. Em 1602, Sabóia tenta escalar a cidade, em vão, o que deu a festa da “Escalade”. Em 1815, Genebra ingressa na Confederação Helvética.
Breve intermédio musical precede um giro pela cidade, a começar pela parte mais antiga, onde se encontra a igreja da Madalena, na qual o espanhol Michel Servet foi preso e condenado à fogueira. Faz-se referência ao Museu de Arte e História, a Liotard, “o mais conhecido pintor genebrino”, a diferentes ruas que tiram seus nomes de artesãos que nelas trabalhavam, à residência de Calvino e à casa onde nasceu Rousseau. Quanto aos monumentos, alude-se ao Muro dos Reformadores, place Neuve, Palais Eynard, Grand-Théâtre, Museu Rath.
A novo intermédio musical segue-se exaltação das belezas do lago Léman, que inspiraram pintores, poetas, pensadores e romancistas: Corot, Turner, Chateaubriand, Byron, Goethe, Victor Hugo, Alfred de Musset, Balzac, Sthendal e Dostoievski. Quanto à culinária genebrina, são citados: filé de perca, truta azul, faisão, galinhola, cabrito montês. Assinala-se em seguida que em Genebra vivem muitos brasileiros e portugueses, como Beatriz Consuelo, da Escola de Balé do Grand-Théâtre, e Valmon de Oliveira, estudante de psicologia.
Beatriz elogia a qualidade de vida genebrina, as comodidades por tudo estar perto. Valmon, há 4 anos na cidade, diz ter realizado suas aspirações: estudar psicologia em Genebra e beneficiar-se do legado de Piaget. Segundo ele, os contatos nos meios estudantis são fáceis e em Genebra as ideias podem circular livremente. Consuelo reclama da falta de feijão preto, que deve fazer vir do Rio de Janeiro. Intermédio musical precede a apresentação da margem direita: Hotel des Bergues, estação ferroviária Cornavin, Basílica de Notre-Dame.
Lembra-se que a Liga das Nações fracassou, mas que a ONU instalou seu escritório europeu no Palácio das Nações. Apontam-se a sede da Cruz Vermelha, o Jardim Botânico, fala-se de A-P. Candole, do BIT, o CERN, o Conselho Mundial das Igrejas. Para Pierre Sublet, o genebrino é falador e reservado, tradicional e de boa família. Após trecho musical, lembra-se que Stendhal e o Papa Félix V caricaturizam o genebrino. Margot Lenard, brasileira, acha que o genebrino é introspectivo, mas se comunica bem, desde que você dê o primeiro passo.
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