400 milhões de francos por ano são roubados dos idosos suíços
Segundo um estudo da Pro Senectute, uma em cada quatro pessoas de 55 anos é assaltada na Suíça. A perda total é de 400 milhões de francos por ano.
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Um em cada quatro cidadãos suíços com mais de 55 anos foi roubado ou enganado nos últimos cinco anos. O montante anual roubado chega a 400 milhões de francos, de acordo com um estudo realizado pela Pro SenectuteLink externo, organização que defende os idosos suíços há cem anos.
O primeiro estudo representativo realizado na Suíça sobre o crime econômico contra pessoas com mais de 55 anos revela a extensão do abuso financeiro que sofrem. Nos últimos cinco anos, uma em cada quatro pessoas nesta faixa etária foi abusada e uma em cada cinco sofreu perdas financeiras como resultado de abuso, disse a Pro Senectute em uma declaração na segunda-feira (1).
Extrapolando os números do estudo para toda a população com 55 anos ou mais, obtemos uma perda estimada em mais de 400 milhões de francos por ano. “A magnitude das perdas financeiras nos surpreendeu”, diz Werner Schärer, diretor da Pro Senectute.
Abuso financeiro refere-se ao roubo tradicional na área pública ou nos caixas automáticos, remessa de dinheiro a terceiros sob falsos pretextos, envio de produtos não solicitados ou fraudes na Internet. Quase metade dos casos diz respeito a roubo em local público.
Vítimas
O estudo da Pro Senectute, realizado em colaboração com o Instituto de Combate ao Crime Econômico da “Haute École de Management Arc”, de Neuchâtel, especifica o perfil das vítimas. Os homens são um pouco mais afetados que as mulheres: 28,2% contra 23,3% de mais de 55 anos. O fenômeno acontece mais na Suíça de língua francesa (36,5%) do que na Suíça de língua alemã (22,8%) e bem menos na Suíça de língua italiana (11,7%).
A idade não é a única explicação, caso contrário, a proporção de vítimas seria proporcional ao envelhecimento. No entanto, os indivíduos entre 55 e 64 anos são, como os maiores de 85 anos, vítimas mais frequentes do que os 65-84 anos. O estudo não especifica, no entanto, se as categorias mais afetadas são mais visadas por criminosos ou se são menos cautelosas ou ingênuas.
Silêncio
O estudo também aponta para o problema que 61% das vítimas não falam com ninguém sobre o acontecido. Essa discrição explica não só a surpresa do diretor do Pro Senectute para a descoberta do resultado do estudo, mas compromete a luta contra o fenômeno.
Falar abertamente sobre o assunto é uma importante medida preventiva. De fato, quanto maior o número de pessoas informadas, mais o abuso financeiro pode ser evitado. Sem mencionar que também é mais fácil para as vítimas se recuperarem se confiarem ou puderem falar abertamente com alguém, diz a organização dos idosos suíços.
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