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FIFA multa Valcke e Blatter em um milhão de francos

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Valcke (esq.) e Blatter (centro) com o presidente da Federação de Futebol do Haiti, Yves "Dadou" Jean-Bart, em 2013. Keystone / Dieu Nalio Chery

A FIFA suspendeu o exp-presidente da entidade, Sepp Blatter, e o ex-secretário-geral, Jérôme Valcke, por quase sete anos e os multou em um milhão de francos (US$ 1,07) cada um. 

Federação Internacional de Futebol (FIFA), sediada em Zurique, comunicou a decisãoLink externo após considerar Blatter e Valcke culpados de violar regras internas: “falta de lealdade”, “conflitos de interesse” e “oferecer e aceitar presentes ou outros benefícios”.  

“Consequentemente, Sepp Blatter e Jérôme Valcke foram ambos suspensos de toda atividade relacionada ao futebol (administrativa, esportiva ou qualquer outra), tanto em nível nacional, como internacional, por um período de seis anos e oito meses. Além disso, foram impostas multas no valor de um milhão de fracos a cada”, declarou a FIFA.  

Ambos já cumprem penas impostas em 2015 e 2016 respectivamente pelos comitês de ética independentes da organização. Como resultado, esta última suspensão de seis anos e oito meses só entrará em vigor a partir de outubro de 2021 para Blatter, e outubro de 2025 para Valcke, prolongando ainda mais sua expulsão do jogo”. 

Envolvidos em vários processos na justiça penal suíça, Blatter e Valcke somam o novo caso por violações ao código de ética da Fifa, ligadas a sua remuneração. O ex-presidente da Fifa recebeu 23 milhões de francos suíços (20,7 milhões de euros, 24,7 milhões de dólares) de “bônus extraordinários” ligados à Copa do Mundo da África do Sul-2010, à Copa das Confederações de 2013 e Copa do Mundo do Brasil-2014, destaca a decisão, tomada em 17 de dezembro de 2020, mas que só foi notificada às partes agora.

O francês Jérôme Valcke, ex-jornalista esportivo que virou o braço direito do suíço Sepp Blatter, recebeu 30 milhões de francos suíços (27 milhões de euros, 32,2 milhões de dólares) de bônus pelo mesmo período, além de seus pagamentos habituais, afirmou a comissão de ética da Fifa. 
Para isto, os dois dirigentes precisaram apenas das aprovações do diretor financeiro Markus Kattner, demitido em maio de 2016 e suspenso por 10 anos em junho de 2020, e do ex-vice-presidente da Fifa Julio Grondona, falecido em 2014.

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“Juntos, os senhores Blatter, Valcke e Kattner dividiram 64,5 milhões de francos suíços (58 milhões de euros, 69,3 milhões de dólares) de bônus extraordinários”, assim como 4,5 milhões de dólares para Julio Grondona, resume a decisão.

De acordo com a comissão de ética, os quatro dirigentes “criaram um sistema” que concedia “benefícios extraordinários com um mínimo de esforço”, pois aprovavam entre eles as emendas de seus contratos, violando suas obrigações de controle.

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