Grupo de pesquisa aponta racismo sistêmico na Suíça
Os negros na Suíça enfrentam discriminação diariamente, assim como sério perfilamento racial por parte da polícia, afirmou um grupo de trabalho das Nações Unidas.
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swissinfo.ch/ets, Keystone-SDA/dos
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Expert group criticises systemic racism in Switzerland
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Após uma missão de averiguação de dez dias, o grupo disse numa declaraçãoLink externo na quarta-feira que estava “preocupado com a prevalência da discriminação racial e com a situação dos direitos humanos das pessoas de ascendência africana na Suíça”.
Um documento de 59 pontos delineou os vários problemas enfrentados pelos negros no país, incluindo o que chamou de “relatórios chocantes de brutalidade policial e a expectativa de impunidade por má conduta policial, que se estende por décadas”.
Eles mencionaram especificamente o caso de Nzoy Roger Wilhelm, morto a tiros pela polícia em Morges no ano passado, bem como vários outros casos que representam o que eles chamaram de perfil racial, e para os quais faltam dados centralizados e um mecanismo de revisão independente.
O grupo também disse que o caso de Brian K – um criminoso violento reincidente altamente mediatizado, mantido em isolamento em Zurique – foi um “exemplo flagrante de racismo sistêmico na Suíça”.
O grupo de trabalho também criticou um “insuficiente reconhecimento” dos laços suíços com o colonialismo e o tráfico de escravos africanos, que diz estar diretamente ligado à riqueza moderna do país, notadamente através dos lucros obtidos pelos bancos e indústrias ligadas à escravidão no passado.
De 17 a 26 de janeiro, os membros do grupo viajaram pela Suíça e se encontraram com pessoas de ascendência africana, bem como com políticos, representantes da polícia, e grupos da sociedade civil.
E apesar da maioria da declaração ser negativa, o grupo listou várias “boas práticas e medidas positivas” tomadas para combater o racismo, incluindo medidas para criar uma instituição nacional operacional de direitos humanos.
Seu relatório final será apresentado ao Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas em setembro de 2022.
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