Jovens suíços admitem furtos em lojas e vandalismo

Os adolescentes na Suíça cometem com mais frequência furtos em lojas ou carregam armas de acordo com um grande estudo internacional sobre delinquência juvenil.
Os atos de vandalismo vêm em terceiro lugar. Em termos de violência, as brigas entre grupos são as mais comuns.
A pesquisa sobre delinquência juvenil, publicada na quinta-feira, é a maior do mundo e foi realizada em 49 países como parte do Estudo Internacional de Auto-Relatórios sobre Delinquência Juvenil.
Em comparação com a pesquisa anterior em 2013, as experiências de delinquência e vitimização juvenil aumentaram na Suíça. Ao contrário dos adultos, os jovens falam de seus delitos, disseram os autores do estudo.
Para a violência juvenil, 6,4% dos entrevistados com 14 e 15 anos participaram de uma briga em grupo no ano anterior à pesquisa. 2,6% agrediram uma pessoa e infligiram ferimentos graves à vítima. 1,3% relataram ter roubado outras pessoas com uma arma, violência ou ameaça grave.
O furto em lojas foi a ofensa mais comum, com 15%. Outros 10,3% carregavam armas de fogo, bastões, facas ou outras armas. 9,4% cometeram atos de vandalismo e 5,5% traficaram ou auxiliaram no tráfico de drogas.
O roubo em massa, por outro lado, foi relativamente raro. Apenas 1,5% admitiram roubo, 1,1% roubo de veículos. Online, 5% cometeram crimes de ódio, 2,9% enviaram fotos íntimas contra sua vontade. A fraude e o hacking online foram admitidos em 2,7% cada um.
Questionário online
Na Suíça, 11.019 jovens selecionados aleatoriamente preencheram o questionário online de forma anônima durante uma aula sob a supervisão de um professor. A maioria deles tinha entre 14 e 15 anos de idade. Eles foram entrevistados de maio a julho de 2021 na maioria dos cantões do país.
O estudo atual, realizado na Suíça pelas universidades de ciência aplicada de Zurique e Friburgo, é o quarto deste tipo desde 1992/1993.
Os últimos números são comparados com as estatísticas oficiais sobre condenações juvenis na Suíça, publicadas em junho. Os dados mostraram que um total de 20.902 condenações – 7,5% a mais que em 2020 – foram proferidas contra os jovens no ano passado.

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