O que diz a imprensa suíça?

Nesta semana, de 9 a 15 de dezembro, vasculhamos a imprensa suíça para dar uma visão geral das notícias mais importantes relacionadas ao Brasil, Portugal e África lusófona.
Brasileiro raptado na Suíça reaparece
Márcio Rodrigues, um brasileiro, foi vítima de um sequestro em Zurique, envolvendo uma gangue de investidores de criptomoedas. Ele desapareceu em 8 de novembro, reaparecendo na Espanha em 21 de novembro, após uma fuga bem-sucedida. O sequestro foi uma armadilha montada pela gangue que operava em múltiplos países, incluindo Suíça, França e Espanha. Márcio investiu em criptomoedas e foi enganado por um suposto negócio lucrativo, que o levou a viajar para a Suíça, onde caiu na armadilha da gangue.
O sequestro começou quando Márcio entregou seu cartão de embarque em Zurique, permitindo que a gangue obtivesse informações importantes. Posteriormente, ele foi levado para uma casa na França, onde ficou preso por doze dias em condições precárias. No entanto, ele conseguiu escapar quando seus sequestradores o deixaram sozinho em uma situação vulnerável. Márcio andou vários quilômetros até encontrar ajuda e, finalmente, contatou sua família no Brasil. As investigações estão em andamento em vários países, mas seu dinheiro desapareceu, e sua família está sob proteção policial, enquanto Márcio tenta reconstruir sua vida.
Fonte: 20min.ch, 15.12.2023Link externo (em alemão)
15 bilhões para a agricultura
Durante a Cúpula do Clima da ONU em Dubai, os EUA e os Emirados Árabes Unidos anunciaram uma parceria para disponibilizar 8,3 bilhões de euros adicionais para abordar as questões climáticas relacionadas à agricultura. Isso aumenta o financiamento total da iniciativa AIM for Climate para cerca de 14,87 bilhões de francos suíços, visando promover inovações no setor agrícola devido ao seu impacto significativo nas emissões de gases de efeito estufa.
Além disso, a ministra alemã das Relações Exteriores, Annalena Baerbock, anunciou um pacote de ajuda de 100 milhões de euros para proteger a floresta tropical brasileira, especialmente a bacia do Cerrado, visando criar empregos e renda local e apoiar os esforços conjuntos entre Brasil e Alemanha para reduzir o desmatamento e as emissões de gases estufa, alinhando-se com as metas globais de limitar o aumento da temperatura global.
Fonte: Schweizerbauer.ch, 14.12.2023Link externo (em alemão)
Brasileira fala sobre integração na Suíça
Em Zug, expatriados estão criando uma comunidade própria, comunicando-se em inglês e interagindo em atividades sociais. Enquanto as empresas como Johnson & Johnson e Siemens oferecem salários altos, Zug atrai corporações globais devido à tributação favorável. O idioma inglês é cada vez mais importante, com muitas empresas eliminando o alemão como idioma corporativo. A população local, por sua vez, está se adaptando a essa mudança, aumentando o uso do inglês no cotidiano. Danielle Beltrao, chefe de recursos humanos na Glencore, conta.
No mercado de trabalho suíço, especialmente em cargos gerenciais e profissões universitárias, o inglês é crucial, enquanto o conhecimento do alemão está diminuindo em importância. Surpreendentemente, espera-se que os expatriados se familiarizem com a cultura local, mas não necessariamente aprendam o idioma alemão. Empresas como a Glencore anunciam vagas em inglês e não exigem conhecimento de alemão, o que atrai um grande número de candidaturas internacionais.
Muitas empresas em Zug fornecem pacotes de realocação para expatriados, incluindo cursos de alemão, moradia e taxas escolares. No entanto, a dependência desses pacotes pode levar a dificuldades se os expatriados perderem seus empregos. Para garantir uma integração eficaz, é necessário um mínimo de compromisso por parte dos expatriados, como aprender o idioma local. A integração bem-sucedida é vista como uma questão de vontade individual.
Fonte: Zugerzeitung.ch, 13.12.2023Link externo (em alemão)
Teletrabalho e seus locais preferidos, inclusive Portugal
Desde a pandemia, cidades e vilarejos na Suíça e em todo o mundo estão se adaptando para atrair um novo tipo de turista: trabalhadores remotos, incluindo nômades digitais e empregados em teletrabalho. Esses indivíduos procuram destinos que combinem trabalho e lazer, escolhendo locais com boas conexões de internet, ambientes agradáveis, e redes de coworking eficientes. Algumas regiões populares incluem o Sudeste Asiático, Sul da Europa e América do Sul, com cidades como Medellín, Valência, Barcelona, Lisboa, Porto e as Ilhas Canárias se destacando.
Na Europa, cidades como Budapeste e Praga são atrativas devido ao baixo custo de vida e rica vida cultural. Em Portugal, a “vila de nômades digitais” na Madeira oferece recursos como espaço de coworking gratuito e eventos organizados. Na Ásia, locais como Bali, Bangkok e Chiang Mai são procurados por seu clima e infraestrutura de coworking.
Na Suíça, a tendência também está crescendo, especialmente em destinos de montanha, com instalações que combinam hotéis e espaços de coworking. A Switzerland Tourism está desenvolvendo ofertas “Bleisure” (negócios e lazer) para atrair tanto nômades digitais quanto viajantes de negócios. Embora os preços suíços possam ser um obstáculo, a excelente rede de internet e infraestrutura do país tornam-no um local potencialmente atraente para o teletrabalho.
Fonte: Le Temps, 09.12.2023Link externo (em francês)
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Publicaremos nossa próxima revista da imprensa suíça em 8 de dezembro. Enquanto isso, tenha um bom fim de semana e boa leitura!
Até a próxima semana!

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