“Os suíços são um povo que sempre cruzou fronteiras”
Ao longo dos séculos, os suíços têm se mostrado ser imigrantes incansáveis. Ondas sucessivas os levaram a todos os continentes, mas muitas vezes por motivos diferentes.
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Emigração, retorno à Suíça, família, educação, aposentadoria, serviços bancários, seguros: eu me preocupo com os suíços do estrangeiro e os informo sobre as questões que os preocupam.
Apaixonada por idiomas e culturas, minha carreira deu uma guinada rápida pelo marketing e trabalho de assistente antes de cruzar a estrada para o jornalismo, em um trabalho que me permite conversar com pessoas de todas as partes do mundo.
Meu trabalho é produzir vídeos e podcasts sobre temas ligados à ciência e tecnologia. Sou especialista em desenvolver formatos de vídeo explicativos para visualização em celulares, misturando estilos de animação e documentário.
Estudei cinema e animação na Universidade de Artes de Zurique e comecei a trabalhar como jornalista na SWI swissinfo.ch em 2004. Desde então, me especializei na criação de diferentes estilos de animação para nossos produtos visuais.
“Os suíços são um povo que sempre cruzou fronteiras”, diz Gianni d’Amato, diretor do Fórum Suíço para Estudos de Migração e População (SFM) da Universidade de Neuchâtel.
Atualmente, porém, especialmente na Europa, onde vive a grande maioria dos suíços no exterior, o conceito de fronteira não tem mais o mesmo valor que tem em outros continentes, como nas Américas ou na Ásia. “Os suíços no exterior vivem uma vida globalizada”, diz o professor.
Três principais razões para emigrar
Os motivos para emigrar são variados, mas podem ser reunidos em três tendências principais.
Em primeiro lugar, motivos econômicos. No século XIX e no início do século XX, os suíços emigraram principalmente para escapar da pobreza. Esse ainda é o caso hoje, especialmente entre um segmento mais velho da população que busca um estilo de vida melhor em países menos caros.
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Quando os suíços emigravam
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Em 1819, cerca de 2006 suíços, a maioria deles do cantão de Friburgo, partiram para o Brasil para se estabelecer no recém-fundada colônia de Nova Friburgo. Fugindo da crise econômica e agrícola, eles sonham com um futuro melhor. Dois séculos depois, o documentário “Quando os Suíços Emigravam – Nova Friburgo 200 anos” oferece uma oportunidade…
Em segundo lugar, os suíços emigram por motivos profissionais, muitas vezes com o objetivo de seguir uma carreira à qual não teriam acesso na Suíça.
Por fim, a reunificação familiar é o terceiro motivo para a expatriação, seja para acompanhar um parceiro que está indo trabalhar no exterior ou para se estabelecer em outro país por amor.
Mulheres mais aventureiras
As mulheres representam 60% da diáspora suíça. Para Gianni D’Amato, “isso pode ser explicado em parte pelo fato de que, nas últimas décadas, as mulheres tiveram melhores oportunidades educacionais e de carreira, e em parte pela reunificação familiar”. Assim, elas parecem mais inclinadas a se mudar para o exterior por amor.
O que diferencia os suíços no exterior dos últimos vinte anos daqueles das gerações anteriores “talvez seja o individualismo”, diz o professor. “Hoje, as pessoas deixam a Suíça para realizar seu potencial profissional.
(Adaptação: Fernando Hirschy)
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