Nos últimos anos, a indústria relojoeira suíça sofreu com a alta do franco suíço e dificuldades relacionadas à exportação. Os números estão melhorando gradualmente. Mas, para algumas empresas, a regra "Swissness", que se tornou mais rigorosa há um ano, é uma fonte de irritação.
O Parlamento aprovou o novo projeto “Swissness” em 2013 e a revisão da lei “Swiss made”, que rege a indústria suíça, entrou em vigor em 1º de janeiro de 2017. O projeto “Swissness” definiu novos requisitos mínimos para os produtos industriais se qualificarem com a etiqueta “Swiss made”, que também se aplica aos relógios. Nesse caso, pelo menos 60% dos custos de fabricação do produto devem ocorrer na Suíça. Os custos de pesquisa e desenvolvimento também podem ser incluídos no cálculo. Além disso, pelo menos um estágio essencial da fabricação deve ser realizado na Suíça.
As regras estão afetando os fabricantes no segmento mais popular, principalmente. Ronnie Bernheim representa 30 empresas na IG Swiss Made, um grupo de lobby que contestou as novas regras. Segundo ele, “ou os relógios se tornam muito mais caros, porque temos que realizar mais trabalho na Suíça, ou os clientes compram relógios que não são ‘Swiss made’ na Ásia”.
Já a Moser & Cie, que produz 1.000 relógios de luxo por ano, diz que seus clientes não se incomodam se seus relógios têm ou não o rótulo “Swiss made”.
(SRF/swissinfo.ch)
swissinfo.ch/fh
Mais lidos
Mostrar mais
Cultura
Documentário retrata adolescentes suíços forçados a voltar à terra natal dos familiares
A economia suíça deve respeitar os limites do planeta, conforme proposto pela iniciativa de responsabilidade ambiental, ou isso seria prejudicial à prosperidade do país? E por quê?
Estamos interessados em sua opinião sobre a iniciativa de responsabilidade ambiental.
Se quiser iniciar uma conversa sobre um tema abordado neste artigo ou se quiser comunicar erros factuais, envie-nos um e-mail para portuguese@swissinfo.ch.
“O Swiss made traz bilhões de francos à relojoaria suíça”
Este conteúdo foi publicado em
Faz mais de 20 anos que Jean-Daniel Pasche trabalha para reforçar a apelação dos relógios suíços. A partir desse 1° de janeiro, o dirigente da FHLink externo vê enfim seus esforços – apoiado pela maioria dos atores do setor – recompensados: este início de ano é marcado pela entrada em vigor simultaneamente da nova legislação…
Este conteúdo foi publicado em
Produtos que utilizam a etiqueta "Swiss made" (fabricado na Suíça) terão de cumprir regras mais rígidas a partir do início do ano. O objetivo é proteger melhor os produtos "suíços".
Este conteúdo foi publicado em
Nos últimos meses, vê-se quase que diariamente uma empresa de relojoaria anunciando seu site de vendas online. Seja em sua própria plataforma ou através de sites de terceiros, os relojoeiros suíços fizeram deste canal de distribuição uma prioridade. Alguns relojoeiros permanecem ainda totalmente impermeáveis a esta evolução, mas o constato geral é sem equívoco: a…
Este conteúdo foi publicado em
Até agora, pelo menos 50% dos componentes do movimento dos relógios têm que ser suíços. As outras peças do relógio podem ser importadas. A Federação da Indústria Relojoeira Suíça argumenta que pelo menos 60% de todo o relógio devem ser feitos na Suíça para receber o selo “Swiss”. Mas os fabricantes de médio porte dizem…
Este conteúdo foi publicado em
Geralmente, para tentar ver um pouco mais claro o discreto mundo da relojoaria, costuma-se recorrer à ajuda de analistas financeiros, historiadores ou jornalistas especializados. Dessa vez, um antropólogo dedicou uma pesquisa à joia da indústria de exportação suíça. Para o seu livro, «La transmission en jeu. Apprendre, pratiquer et patrimonialiser l’horlogerie»Link externo, baseado em sua…
Este conteúdo foi publicado em
Luciano FratocchiLink externo coordena o Uni-CLUB MoRe Back-Reshoring, um grupo de pesquisa composto por pesquisadores das universidades de Catânia, L’Aquila, Udine, Bolonha e Modena-Reggio Emilia. Ele integra um observatório internacional responsável pela coleta de dados nos últimos cinco anos sobre centenas de empresas que, a partir de 1980, remanejaram ou redistribuíram parte da produção através…
Este conteúdo foi publicado em
Moutier, pequena cidade industrial no centro do Arco Jurassiano, verdadeiro pulmão da indústria suíça de alta precisão. Com acontece de dois em dois anos, de19 a 22 de abril último ocorreu um dos maiores salões mundiais dedicado exclusivamente aos meios de produção microtécnicos, o SIAMSLink externo. Eram 440 expositores e visitantes provenientes de mais de…
Este conteúdo foi publicado em
A pesquisa “Swissness Worldwide 2016” constatou que a imagem de abertura da Suíça permanece intacta, apesar da votação de 2014 para restringir os trabalhadores estrangeiros. A imagem de marca da Suíça também continua significando trabalho duro e credibilidade. Isto é particularmente apreciado no Brasil, China, Índia e Rússia – países que abrigam 40% da população…
Este conteúdo foi publicado em
Porém as empresas que se declaram “suíças” podem ser dirigidas por estrangeiros ou estaria a identidade corporativa da Suíça e valores sendo eventualmente sobrecarregada ou diluída? Executivos estrangeiros já correspondem a dois terços da direção em multinacionais ou grandes empresas sediadas na Suíça. Pequenas companhias estão contratando cada vez mais estrangeiros que possam lhes ajudar…
Veja aqui uma visão geral dos debates em curso com os nossos jornalistas. Junte-se a nós!
Se quiser iniciar uma conversa sobre um tema abordado neste artigo ou se quiser comunicar erros factuais, envie-nos um e-mail para portuguese@swissinfo.ch.