Suíça restaura e restitui relógio excepcional ao Brasil
Um relógio excepcional de 300 anos, restaurado na Suíça, foi devolvido ao Brasil na quarta-feira. Ele foi danificado durante o ataque ao palácio presidencial em 8 de janeiro de 2023. A peça foi beneficiada com a experiência completa de especialistas capazes de realizar uma restauração dessa escala.
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Os manifestantes quebraram tudo dentro do Palácio do Planalto, em Brasília, em 8 de janeiro de 2023, inclusive o relógio, revelado nas imagens da câmera de vigilância em frente a ele.
A Suíça e a empresa relojoeira suíça Audemars Piguet imediatamente ofereceram seu know-how para restaurá-lo.
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Presente do século XVIII
O relógio Martinot foi provavelmente fabricado em Paris no início do século XVIII. Existem apenas dois no mundo. Na época, ele foi um presente da corte francesa para o rei de Portugal, que o levou para o Brasil.
Foram necessárias mais de mil horas de trabalho de uma equipe de artesãos sob a supervisão do mestre relojoeiro Dominique Mouret, em Sainte-Croix, no cantão de VD. Relojoeiros, marceneiros, fabricantes de bronze, esmaltadores e sopradores de vidro estiveram todos envolvidos em trazer essa peça real o mais próximo possível de seu estado original.
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A Suíça se orgulha de ter contribuído para essa operação a favor do povo brasileiro. A Audemars Piguet cobriu todos os custos, bem como o transporte e o seguro, embora o valor permaneça confidencial.
A empresa acredita que é natural oferecer esse know-how suíço para preservar o patrimônio do país. Além disso, a marca suíça ressalta que o conhecimento necessário para o tratamento do relógio foi compartilhado com artesãos brasileiros.
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Indústria relojoeira enfrenta o futuro
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