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Ilustração mostrando um cérebro sendo espremido sobre um jarro

Imigração à Suíça como um problema para Portugal?

Mais de 260 mil portugueses vivem na Suíça, um número que corresponde ao terceiro maior grupo de migrantes no país. Ao mesmo tempo, Portugal reclama a perda de mão-de-obra qualificada, que emigra à procura de melhores condições de trabalho para outros países.

Dois jovens enfermeiros portugueses resumem as razões de estarem trabalhando na Suíça: “melhor salário, maior qualidade de vida, mais segurança e condições de trabalho.”

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Jovem olhando para a câmera

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Suíça atrai enfermeiros portugueses

Este conteúdo foi publicado em Quando lhe propuseram trabalhar por três euros à hora em Portugal (menos de quatro francos), o enfermeiro Rui Ferreira percebeu que seria “obrigado” a sair do país para ter dignidade profissional. Rui decidiu emigrar em 2011, após recusar duas propostas “oportunistas” de “emprego low cost” e tentar candidatar-se sem sucesso a hospitais públicos portugueses. O…

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Um destino para os emigrantes é a Suíça, onde há uma grande escassez de mão-de-obra qualificada em alguns setores da economia. Poucos outros países europeus têm uma população estrangeira tão considerável: mais de dois milhões, o que significa que um em cada quatro habitantes no país não tem o passaporte vermelho com a cruz branca. Depois de italianos e alemães, o terceiro maior número de estrangeiros na Suíça vem de Portugal.

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Suíça, terra de imigração europeia

Este conteúdo foi publicado em Mais de 80% da população estrangeira na Suíça vêm de um país europeu. A emigração da Alemanha, Itália e da França para a Suíça tem raízes históricas profundas, como mostra este gráfico da evolução do número total de residentes estrangeiros na Suíça de 1850 aos dias de hoje. No final do século XIX, a construção…

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A fuga de cérebros é um problema para a Península Ibérica. E não só isso: a emigração dos jovens cria carências no seu próprio mercado de trabalho, que acabam sendo cobertas pela migração, nesse caso de brasileiros, ucranianos e africanos.

Para frear a emigração, o Estado lusitano lançou uma série de iniciativas para incentivar o regresso dos emigrantes. No entanto, as opiniões dividem-se quanto aos efeitos: se alguns acreditam que Portugal perde um capital humano importante, outros acreditam que a emigração é positiva, já que reduz o desemprego e as tensões sociais. É o que analisa o professor José Carlos Marques, do Instituto Politécnico de LeiriaLink externo.

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A migração em Portugal costuma ocorrer em “ondas”. Até a segunda metade do século 20 poucos portugueses viviam na Suíça. A maioria havia se estabelecido em Genebra. Eram em grande parte estudantes e intelectuais que haviam abandonado Portugal devido à repressão política existente na época. Porém a partir dos 1980 a situação mudou: a crise econômica na Península Ibérica e um acordo administrativo firmado entre Portugal e Suíça trouxeram os primeiros trabalhadores sazonais. No início dos anos 1990 começaram fortes movimentos migratórios, que se aceleraram graças aos diversos acordos firmados com a União Europeia. Hoje vivem oficialmente 263.300 portugueses na Suíça.

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Avião da TAP decolando de Zurique

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Esses portugueses que voltam para casa

Este conteúdo foi publicado em Ana e Rui Faria decidiram deixar a Suíça e regressar para Portugal, o seu país de origem. O casal, de trinta e poucos anos, passou menos de sete anos na região de Marly, no cantão de Friburgo. Como eles, muitos portugueses dão esse passo a cada ano e voltam para casa. De acordo com dados…

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Há algum tempo observa-se um retorno crescente de migrantes portugueses ao seu país de origem. No primeiro grande estudo sobre essa populaçãoLink externo, realizado em 2010 pela Universidade de Neuchâtel, a pesquisadora Rosita Fibbi constatava que, desde 1996, o saldo migratório com Portugal já era negativo, uma tendência também observada pela swissinfo.ch. O fenômeno continua até hoje, como analisa a socióloga portuguesa Liliana Azevedo, também filha de imigrantes, nascida e formada na Suíça.

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Pessoas protestando em praça pública

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Os “vai-e-vens” da emigração portuguesa na Suíça: ir além dos clichés

Este conteúdo foi publicado em Nos anos que se seguiram à crise financeira e económica de 2008, as notícias sobre a emigração tornaram-se recorrentes nos media em Portugal. No entanto, pouco se sabe sobre os/as emigrantes portugueses/as na atualidade. Continuam a circular muitas ideias feitas e ideias falsas, que não dão conta da diversidade e complexidade deste fenómeno social, uma…

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Mas os portugueses ainda procuram suas chances na Suíça. E muitos deles já não correspondem mais ao perfil tradicional do trabalhador braçal, ocupado em empregos na gastronomia, hotelaria ou construção civil. Muitos jovens migrantes têm diplomas e são altamente especializados em áreas onde há falta de mão-de-obra como o setor da saúde.

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Électriciens dans le bâtiment

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Suíça pode ficar sem mão de obra qualificada

Este conteúdo foi publicado em Já faz tempo que o grupo de peritos do governo suíço para previsões conjunturais não se mostra tão otimista. As exportações aumentaram quase 5% em relação ao ano passado, os gastos do governo aumentaram em apenas 0,7% e os preços em 0,6%. Tudo está sob controle ou quase. Um crescimento de 2,4% e uma taxa…

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Além disso, o número de portugueses na Suíça é provavelmente maior do que o revelado pelas estatísticas oficiais, pois muitos já possuem o passaporte suíço. São pessoas que pertencem à segunda geração de migrantes ou obtiveram a cidadania suíça após passar pelo complicado processo de naturalização – um dos mais lentos e caros da Europa.

Mas a emigração para a Suíça é realmente um problema para Portugal? Tendo em conta os números absolutos, pode-se negar a tese. Dos mais de dois milhõesLink externo de portugueses residentes no estrangeiro, o quarto de milhão que vive na Suíça pode ser visto como um número “administrável”.  

Você é português e pense em vir trabalhar na Suíça? Ou já mora aqui e está considera a possibilidade de retornar à Portugal? Conte-nos a sua história e participe do debate.

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Mulher em laboratório

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A vida de uma cientista portuguesa no coração da Basileia

Este conteúdo foi publicado em Ela é uma filha única de pais professores, nascida, crescida e formada entre o Porto e Vila Nova de Gaia. Curiosa e interessada, assim se apresenta ao primeiro olhar a pesquisadora Joana Pinto Couto Silva. Tenho a oportunidade de a encontrar em uma torre da empresa farmacêutica Novartis, no bairro de Klybeck, às margens do…

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