Satisfação com emprego diminuiu na Suíça, aponta pesquisa
O número de trabalhadores contentes com seus empregos caiu na Suíça. No entanto, a procura por outras vagas segue baixa.
Os trabalhadores da Suíça estão cada vez mais insatisfeitos e sentem uma conexão emocional cada vez menor com seus empregadores, revelam os dados coletados pela consultoria Gallup no novo relatório State of Global WorkplaceLink externo. Em 2023, apenas 54% dos colaboradores suíços estavam satisfeitos com o trabalho que faziam. O resultado do último ano é cinco pontos percentuais inferior ao índice encontrado na edição anterior da mesma pesquisa.
A consultoria Gallup produziu o estudo global sobre satisfação no trabalhoLink externo a partir de entrevistas com cerca de 130.000 trabalhadores em 145 países ao redor do mundo. Na Suíça, foram entrevistadas aproximadamente 1000 pessoas.
Na Suíça, a pesquisa aponta que a conexão emocional entre o trabalhador e o empregador é uma das mais baixas da Europa. Apenas uma em cada dez pessoas se sente conectada ao seu empregador no país alpino. A grande maioria dos colaboradores está simplesmente fazendo o seu trabalho e cerca de 10% já sente como se tivesse se auto-demitido.
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No entanto, os suíços estão relutantes em mudar de emprego. Segundo o estudo, apenas uma em cada cinco pessoas está à procura de uma nova vaga. Isto contrasta com a opinião de 48% dos entrevistados, que acreditam que o momento atual seria bom para encontrar uma nova posição.
Porém, mais satisfeitos que a média europeia
Apesar do declínio na satisfação profissional na Suíça, os trabalhadores seguem mais felizes do que a média europeia, que é de 47%. Os países nórdicos lideram a pesquisa no quesito satisfação. Na Finlândia, Dinamarca, Islândia, Países Baixos e Suécia, a taxa de satisfação é superior a 70%.
No que diz respeito aos níveis de stress, a Suíça está bem posicionada na comparação internacional. Apenas 30% das pessoas empregadas na Suíça relataram estar estressadas. Para toda a Europa, esta proporção é de 37%. Dentre os nossos vizinhos, 41% dos trabalhadores alemães declaram estar estressados e 35% dos austríacos.
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Cenário mundial
O levantamento global da Gallup aponta que em 2023 o engajamento dos funcionários em seus empregos estagnou e que o bem-estar geral dos trabalhadores diminuiu. No período analisado, a porcentagem de trabalhadores engajados – que se sentem entusiasmados com o seu trabalho – permaneceu em 23%, mesmo índice mundial verificado em 2022.
Segundo o relatório, a falta de melhorias chama atenção. O resultado, segundo a consultoria, aponta que a maioria dos trabalhadores continua enfrentando dificuldades no trabalho e na vida, com consequências diretas para a produtividade das organizações. A Gallup estima que o baixo envolvimento custa à economia global US$ 8,9 bilhões (aproximadamente CHF 7,9 bilhões), ou 9% do Produto Interno Bruto (PIB) global.
(Adaptação: Clarissa Levy)
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Procurando trabalho na Suíça
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