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UE retira quatro venezuelanos de lista de sanções para apoiar processo eleitoral

A União Europeia (UE) retirou temporariamente, nesta segunda-feira (13), quatro funcionários e ex-funcionários venezuelanos de sua lista de sanções, em um gesto para fortalecer o processo com vistas às eleições presidenciais previstas para 28 de julho.

A lista de funcionários beneficiados inclui o presidente do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela, Elvis Amoroso, “assim como outros três ex-membros” dessa instituição: o ex-secretário-geral Xavier Moreno Reyes, e os ex-diretores Socorro Hernández e Leonardo Morales Poleo.

“Com esse sinal importante e positivo, reconhecemos os recentes passos estimulantes e reconfirmamos nosso compromisso e apoio ao bom progresso do processo eleitoral”, disse o porta-voz do serviço diplomático da UE, Peter Stano, que também indicou que a decisão busca “fortalecer os esforços venezuelanos para eleições presidenciais inclusivas e competitivas”.

As sanções a outros 50 funcionários foram, no entanto, ratificadas, por um período mais curto, até 10 de janeiro de 2025, data estabelecida constitucionalmente para a posse do presidente eleito, indicou Stano.

O governo venezuelano criticou que todas as sanções não tenham sido suspensas.

“De maneira enganosa tiram da lista de sancionados alguns membros do Conselho Nacional Eleitoral para supostamente enviar um sinal de boa fé, de alívio, e nós dizemos que rejeitamos essa posição, o Estado venezuelano é um só Estado, não pode se fragmentar”, declarou o chanceler venezuelano, Yván Gil.

“Rejeito categoricamente as pretensões da União Europeia de me coagir, assim como ao Poder Eleitoral”, expressou Amoroso, na mesma linha. “Seria indigno e desleal aceitar esse presente da União Europeia apenas para mim […] quando o correto é levantar todas as sanções impostas”.

O CNE convidou a UE para observar as eleições em que o presidente Nicolás Maduro tentará um terceiro mandato de seis anos. Ele irá enfrentar Edmundo González Urrutia, designado pela oposição majoritária para representar a líder inabilitada María Corina Machado.

A UE “continuará cooperando estreitamente com o CNE para o possível envio de uma Missão de Observação Eleitoral para fornecer uma avaliação independente e imparcial do processo eleitoral” e “continua comprometida em apoiar um processo de diálogo inclusivo liderado pela Venezuela e o progresso democrático em direção à coexistência política”, disse Stano.

O bloco enviou uma missão em 2021 nas últimas eleições para prefeito e governador, nas quais identificou melhorias consideráveis em sistema de votação, mas também irregularidades. Sua presença terminou abruptamente depois que Maduro classificou os observadores como “inimigos” e “espiões”.

ahg/mb/mbj/jt/dd/mvv/am

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