Acordo de ajuda judiciária com Egito.
Em visita ao Egito, sexta e sábado, 7 e 8/10, a ministra suíça da Justiça, Ruth Metzler, assinou o acordo de ajuda judiciária com o país. Primeiro do gênero com um país árabe, o acordo foi estimulado pelo massacre de turistas em Luxor em 1997.
O acordo, negociado desde 1995, diz respeito a confisco e troca de documentos. A questão da extradição de pessoas suspeitas de envolvimento em crimes deve figurar em acordo adicional, refletindo receio suíço de julgamentos inadequados.
Regime de emergência em vigor no Egito permite ao país julgar certos crimes mais por tribunais militares que civis. Em conseqüência, a Suíça estima que possa haver desrespeito a normas legais.
A registrar que pela primeira vez em tratado firmado com país estrangeiro, figuram normas sobre “direitos humanos”.
Resta que esse acordo com o Egito, aprovado pelo governo da Suíça, deve ser ainda endossado pelo Parlamento de Berna. E prevê-se controvérsia diante das dificuldades de cooperação jurídica bilateral depois do massacre de 52 turistas em Luxor, em 1997, por extremistas muçulmanos. Entre as vítimas 36 suíços.
A pendenga já foi resolvida, mas a Suíça acusava o Egito de fazer corpo mole nas investigações sobre o massacre. E vale acrescentar que o Egito também não quis colaborar para fundo destinado a pessoas atingidas diretamente pelo massacre.
swissinfo com agências.
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