Ataque ao Iraque tem de passar pela ONU

Manifestações contra um ataque ao Iraque se sucedem, inclusive na Suíça. swissinfo.ch

O governo suíço é contra qualquer ação militar contra o Iraque sem a aprovoação de uma nova resolução pelo Conselho de Segurança da ONU.

A posição suíça foi explicitada na reunião semanal dos 7 ministros que compõem o governo federal.

A Suíça é contra qualquer ação militar contra o Iraque sem que uma nova resolução seja aprovada pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas.

Posição será apresentada a Powell

Se o ataque ocorrer sem uma nova resolução, a Suíça vai considerá-lo como um conflito entre dois países e aplicará seu direito à neutralidade.

A posição do governo suíço foi claramente definida a pedido da ministra das Relações Exteriores, Micheline Calmy-Rey, durante a reunião semanal dos 7 ministros que formam o Conselho Federal, ou seja, o Executivo federal suíço.

Calmy-Rey tem encontro marcado com secretário americano de Estado, Colin Powell, sábado próximo, no Fórum Econômico Mundial de Davos, na Suíça, e vai expor a oposição oficial.

Direito humanitário

Para o governo suíço, a resolução 1441, que determinou o envio dos inspetores de armas que estão atualmente no Iraque, não constitui uma base legal suficiente para um ataque ao país.

O governo suíço reitera que todos os meios pacíficos devem ser esgotados antes que seja discutido o uso da força. Reafirma também sua oposição à proliferação de armas de destruição em massa e incita as autoridades iraquianas a darem o apoio necessário à Comissão de Controle, Verificação e Inspeção da ONU (COVINU).

A Suíça incita ainda as partes envolvidas a respeitarem todos os dispositivos do direito internacional humanitário.

swissinfo com agências