Cai o número de mortes por doenças cardiovasculares
Graças a hábitos de vida mais saudáveis e ao progresso da medicina, diminuiu na Suíça, nos últimos 40 anos, o número de mortes por problemas cardiovasculares.
A mortalidade por câncer diminuiu pouco. Entre as mulheres, o câncer do pulmão é uma das causas de morte cada vez mais freqüentes.
As causas de mortalidade mudam com o tempo. Doenças infecciosas, que eram freqüentes no início do século 20, hoje podem ser bem melhor tratadas e diminuíram fortemente na Suíça.
Com o aumento do bem-estar social e da expectativa de vida, doenças típicas da terceira idade passam a ser causas freqüentes de morte. Isso vale especialmente para determinados tipos de câncer, conclui um estudo divulgado nesta segunda-feira (30/06), em Berna, pela Secretaria Federal de Saúde (SFS).
O estudo “De geração a geração. Evolução das causas de mortalidade – 1970 a 2004” apresenta as diferentes causas de mortalidade na Suíça e relaciona os dados com o ano de nascimento.
Desta forma, é possível identificar problemas específicos de uma geração, como eles, por exemplo, se tornam evidentes no caso da aids.
Na Suíça, o número de mortes por ano aumentou apenas levemente de 57 mil para 60 mil entre 1970 e 2004. No mesmo período, a população do país aumentou de 6,2 milhões para 7,4 milhões de habitantes.
A taxa de mortalidade por 100 mil habitantes teve uma forte queda. Entre 2000 e 2004, ela foi de cerca de 700 entre os homens e de 430 entres mulheres.
O número de mortes decorrentes de problemas cardiovasculares caiu a menos da metade entre 1974 e 2004. Essa queda é atribuída à alimentação mais saudável, à prática de exercícios físicos, à prevenção da pressão alta e dos problemas de colesterol no sangue, bem como ao aperfeiçoamento dos diagnósticos médicos e à evolução do tratamento.
Desde 1970, o número de mortes por câncer aumentou de 12 mil para 15 mil ao ano. Visto que a idade média da população suíça aumentou, a taxa de mortalidade por essa doença na realidade caiu levemente.
Câncer de pulmão
Entre as mulheres, o tipo de câncer mais freqüente é leucemia, o câncer de pulmão e o do intestino grosso. Esse três tipos foram responsáveis por 38% das mortes por câncer entre as mulheres em 2004.
Entre os homens, o câncer de pulmão, o de próstata e o do intestino grosso são os tipos mais freqüentes – eles são responsáveis por 32% das mortes por câncer entre os homens.
O que mais chama a atenção em relação a essa doença é o forte aumento dos casos de câncer do pulmão entre as mulheres. Em 1970, morria uma mulher para 11 homens em conseqüência dessa doença na Suíça. Em 2000, essa relação era de 1 para 4. Em gerações mais novas, é de 1 para 2.
Em alguns países, o câncer de pulmão já mata mais mulheres do que o câncer de mama, afirma o estudo. Na Suíça, essa tendência se confirma nos cantões (estados) de Vaud e Genebra.
O motivo, segundo os pesquisadores, é o forte aumento do número de mulheres fumantes desde a década de 1950. Entre o consumo de tabaco e a erupção de um câncer podem transcorrer 20 anos, afirmam os pesquisadores.
A taxa de mortalidade por suicídio, que havia aumentado nos anos de 1980, caiu entre os jovens, enquanto se observa um forte aumento entre pessoas com mais de 80 anos de idade.
O número de mortes por doenças infecciosas, com exceção da aids, caiu à metade entre 1970 e 1980 e se estabilizou nos anos seguintes. Também recuou à metade entre 1970 e 2004 o número de mortes por cirrose hepática decorrente do alcoolismo.
Atualmente, cerca de 100 pessoas morrem de aids por ano na Suíça – em 1994 ainda eram 662. A maioria das mulheres vítimas da aids nasceu entre 1955 e 1969; a maioria dos homens vítimas dessa doenças nasceu entre 1959 e 1954.
swissinfo, Geraldo Hoffmann (com agências)
O número de mortes por ano na Suíça aumentou de 57 mil para 60 mil entre 1970 e 2004.
Desde 1970, o número de mortes por câncer aumentou de 12 mil para 15 mil ao ano.
Nos cantões (estados) de Vaud e Genebra, o câncer de pulmão já mata mais mulheres do que o câncer de mama.
Atualmente, cerca de 100 pessoas morrem de aids por ano na Suíça – em 1994 ainda eram 662.
Fonte: Secretaria Federal de Saúde da Suíça
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