Cruz Vermelha vai voltar à Chechênia
O presidente da Cruz Vermelha Internacional, o suíço Jakob Kellenberger (à esquerda) foi recebido pelo presidente Vladimir Putin, em Moscou. O CICV foi autorizado a voltar a trabalhar na Chechênia mas inicialmente só vai fazêlo com pessoal local.
O Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) estará de volta na Chechênia brevemente. A decisão foi tomada por Moscou, depois dos encontros do presidente do CICV, o suíço Jakob Kellenberger, com o ministro russo das Relações Exteriores Igor Ivanov e com o presidente Vladimir Putin.
A Cruz Vermelha vai visitar prisioneiros e fornecer ajuda humanitária a 40 mil pessoas na Chechênia, como responsável pela aplicação das convenções de Genebra de 1949 sobre os prisioneiros de guerra a proteção da população civil em tempo de guerra.
O CICV, sediado em Genebra, vinha insistindo em voltar à Chechênia, principalmente depois das denúncias dos chamados “campos de triagem” dos presos e de atrocidades praticadas por soldados russos e contra a população civil. Nos campos, os russos procuram “desmascarar” combatentes chechenos à paisana.
O CICV retirou-se da Chechênia em dezembro de 1996, depois que seis membros de sua missão foram mortos na República. Em novembro passado retirou também seu pessoal da região.
Porta-voz do CICVA(Suzanne Berger), disse que ainda há muitos problemas de segurança a serem acertados e que, por isso, inicialmente só vai operar com pessoal local. Por equanto, “nem vamos abrir escritório em Grozny, porque a cidade está quase toda destruida e é preciso desminá-la”, afirmou Berger.
Autorizando a presenca do CICV, o presidente russo deu sinais de boa vontade à comunidade internacional embora tenha insistido em prosseguir a guerra na Chechênia.
swissinfo com agências.
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