Poucos acidentes na montanha causaram tanto impacto na Suíça como a tragédia na parte norte da montanha Eiger em 1957. Três alpinistas morreram e um conseguiu ser salvo após uma operação de salvamento espetacular.
Daniel Anker e Rainer Rettner descrevem e comentam o acontecimento mediático através de um livro intitulado "Corti-Drama" (Editora AZ-Verlag), acompanhado por fotografias de Albert Winklers.
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Em 3 de agosto de 1957, os italianos Claudio Corti e Stefano Longhi começam a escalar a montanha. Dois dias depois, os alemães Günther Nothdurft e Franz Mayer seguem seus passos. Os dois grupos terminam enfrentando dificuldades e decidem se unir. Jornalistas e curiosos se apertam no Kleinen Scheidegg para acompanhar o desenrolar da aventura.
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A subida do grupo torna-se cada vez mais difícil. Alpinistas de renome internacional já falam em organizar uma operação de salvamento, enquanto os habitantes ainda se mostram céticos. Em 9 de agosto, Longhi se desprende da corda e não pode mais ser salvo pelos colegas. Ele parmanece só, com poucos víveres e exposto ao frio extremo. Pouco depois, Corti é atingido por uma pedra. Os alemães continuam a escalar e pensam em formas de ajudar os dois.
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Uma equipe internacional de salvamento formada por cinqüenta pessoas começa a subir a montanha. Os alpinistas poderão ser ajudados somente a partir do topo.
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No topo de uma montanha próxima, membros da equipe de salvamento cavam buracos para guardar material e instalam abrigos para repouso.
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Após descer 400 metros na corda, um membro da equipe de salvamento consegue recuperar o ferido Claudio Corti. Com muito esforço ele é levado para o topo da montanha. Essa é a primeira vez que um alpinista consegue ser salvo do paredão, graças também a ajuda internacional.
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Outro membro é preso na corda para conseguir salvar Stefano Longhi, que há três dias e duas noites está preso no paredão da montanha. O tempo piora e o salvamento é adiado. Às palavras de motivação lançadas pelos colegas "Veniamo domani" (Voltamos amanhã), o desesperado italiano responde apenas no seu dialeto: "Fam, frecc" (fome, frio). Longhi morre na noite seguinte. Por dois anos seu corpo fica preso no local. Dos dois alemães faltam completamente sinais de vida.
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Durante uma pausa na descida, Corti recebe alimentação de reforço. Durante dias ele não havia comido nada.
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A descida na montanha é arriscada e qualquer passo dado incorretamente pode colocar a vida das pessoas em risco.
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Operários italianos que estavam trabalhando na construção da linha de trem do Jungfrau comemoram o salvamento dos concidadãos.
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Corti com a foto do seu finado amigo Longhi. O mais difícil para ele foi o fato da imprensa considerá-lo responsável pela morte do alpinista e também pelo desaparecimento dos dois alemães.
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Os corpos de Nothdurft e Mayer são encontrados em 22 de setembro 1961 na rota de descida da parte oeste do Eiger. Dessa forma ficou provado que Corti não tinha nada a ver com a morte dos dois alpinistas alemães.
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