Especialistas discutem combate à pornografia infantil na Internet
Grupo que luta contra a exploração sexual de crianças para fins comerciais organiza encontro na Suíça.
Uma conferência reúne especialistas de diversos países, quinta-e sexta-feira, em Solothurn (região centro-oeste), para discutir dificuldades legais e técnicas no combate à pornografia infantil, na Internet.
Dificuldades com o mundo virtual
A organização do evento foi da ECPAT, grupo que luta contra a exploração sexual de crianças para fins comerciais. O debate conta com especialistas suíços, franceses, britânicos, irlandeses e suecos.
O encontro tem a presença de policiais, psicólogos, advogados e outros profissionais cujas atividades estão relacionadas à investigação e processo de criminosos envolvidos em pedofilia e pornografia infantil.
Segundo participantes do encontro, uma das dificuldades no combate à pornografia na Internet é a falta de fronteiras do mundo virtual, no qual o criminoso pode apagar os delitos cometidos, ao mudar de provedor.
A dificuldade das autoridades é encontrar os produtores de pornografia infantil, impedir o consumo, venda e troca desse tipo de material. Segundo a EPCAT, a Internet tornou-se o principal meio de comércio do gênero. Na sexta-feira, o grupo de especialistas deve adotar uma resolução.
Na Suíça, os processos por pornografia infantil são responsabildade de cada estado, mas existem propostas para centralizar as investigações sobre os criminosos cibernéticos.
As autoridades federais criaram um centro de informação nacional para procurar e identificar atos criminosos na Internet e o fluxo de informação entre os estados. Esse centro vai começar a funcionar no ano que vem.
Igreja abre linha interna
A Suíça reforçou recentemente as leis sobre abuso sexual. O culpado pode pegar prisão perpétua e as vítimas menores de 16 anos podem pedir indenização até os 25 anos.
A Igreja Católica Suíça começa a reagir, apesar do pequeno número de casos recentes de pedofilia no País. O bispo de Friburgo colocou uma linha de telefone à disposição dos padres que queiram se confessar com os superiores.
Em St. Gallen, uma pessoa foi designada para atender vítimas de abuso sexual. Além disso, a conferência dos bispos formou um grupo de especialistas para aconselhar a Igreja sobre o tema de abuso sexual.
swissinfo com agências
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