Gruyères vive do charme
Gruyères, no cantão de Friburgo, é um dos centros de maior turismo na Suíça.
Gruyères é “um cartão postal vivo”, como define uma brasileira que figura entre os 180 habitantes da vila.
Essa vila limita-se a uma rua bordada de lindas de casas coladas umas às outras… E – precedido de uma fonte – um calvário no meio, lembrando que o catolicismo está bem implantando na região. É onde a rua se bifurca: o lado esquerdo leva, no alto, a um famoso castelo; o lado direito a uma parte menos interessante da vila, mas leva à igreja local, sem interesse turístico.
Quem entra em Gruyères é imediatamente absorvido pela beleza do lugar. “Todos ficam maravilhados quando aqui chegam”, garante Dona Nancy, brasileira, dona de uma butique bem no centro, dotada de impressionante oferta de (relógios) cucos. “ É uma beleza de cartão postal”, resume.
Daí é difícil de falar de Gruyères sem evitar uma linguagem de comunicado à imprensa.
Beleza frágil
Já na chegada – possível unicamente de carro ou ônibus e por estrada secundária – o turista pode apreciar a generosa natureza dos pré-Alpes friburguenses, com o famoso Moléson, glória do cantão, em destaque. O castelo de Gruyères, com torreão do século XIII, pode ser percebido de longe.
A vila só se revela quando o turista deixa sua condução num dos estacionamentos coletivos depois de contornar boa parte da colina. Toma-se imediatamente consciência de que em Gruyères não se pode entrar de carro.
(Esse detalhe surpreende muito os turistas asiáticos, que entre os que chegam em grupo, figuram entre os mais numerosos. Eles gostam de fotografar o sinal de proibição de circular… Note-se que entre os que visitam individualmente, os espanhóis e russos parecem dominantes. Mas em Gruyères chega gente de todo o mundo).
E de fato, os habitantes confirmam que a vila pedestre é muito ciosa de sua frágil beleza, garantia de subsistência dos residentes que vivem desse bendito filão que é o turismo. Turismo que no local não parece deixar marcas de seus inconvenientes.
Quem chega a Gruyères não sabe por onde começar. Se a beleza arquitetônica subjuga, o apelo das lojas e das mercadorias expostas é muito grande. E, se o estômago reclama assistência, surge mais um problema…
Um milhão e meio de turistas
Aí então é um tal de bater fotos, correr de uma vitrina para outra, avaliar os artigos, decidir entre um relógio ou um canivete suíços, entre peças do artesanato local, ou sentar-se a um restaurante, ou terraço (se o tempo permitir), e comer uma das famosas especialidades locais: fondue, framboesa ou morangos ou merengues com a creme dupla da região.
Com tempo é possível fazer tudo; visitar o castelo, o museu HR Giger (achamos que não devem perder a ocasião – mas veja o artigo sobre curiosidades locais, para terem uma melhor idéia). É possível vasculhar os artigos das lojas que possam interessar, atender às reclamações do estômago.
Quando as pernas reclamarem, será a hora de buscar um restaurante ou terraço e escolher no cardápio o que achar mais apetitoso.
Quem goste pode então se dar ao luxo de observar seus semelhantes, atraídos pela fama desse centro de turismo que é Gruyères. A “escolha” é grande: pela vila passam 1 milhão e meio de pessoas por ano.
swissinfo, J.Gabriel Barbosa
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