Justiça suíça vai colaborar no caso Maluf
A Suíça aceitou pedido de ajuda judiciária do Brasil, na tentativa de recuperar fortuna supostamente desviada por Paulo Maluf, ex-prefeito de São Paulo.
Cria-se expectativa de restituição de US$ 200 milhões aos cofres públicos.
O Brasil já havia feito 4 pedidos de ajuda. Todos eram “incompletos ou mal formulados”, disse o porta-voz da Secretaria Federal de Justiça, Folco Galli.
A quinta solicitação, recebida dia 17 de julho e aceita pelas autoridades competentes suíças, foi encaminhada à justiça de Genebra, segundo indicou Folco.
Dinheiro transitou por Genebra
Paulo Salim Maluf, ex-prefeito de São Paulo (pelo PPB) é acusado de lavagem de dinheiro e desvio de dinheiro público, lembrou o juiz de instrução de Genebra, Claude-François Wenger, que se ocupa do caso. É este juiz quem estuda os documentos bancários confiscados em Genebra no âmbito desse “affair”.
A soma desviada chegaria a 200 milhões de dólares na avaliação de diferentes meios de comunicação.
Esse dinheiro teria passado por banco de Genebra, antes de ser transferido ao paraíso fiscal anglo-normando de Jersey, em 1997. O juiz Wenger não sabia ou não quis dizer se o dinheiro está bloqueado em Genebra.
swissinfo com agências
Paulo Maluf acusado de “improbidade administrativa” teria desviado US$ 200 milhões.
A soma teria sido transferida em 1997 de uma conta no Citibank de Genebra para o Citibank de Jersey.
Maluf tem negado tudo (e continua sua vida política, sendo agora candidato a governador pelo estado de São Paulo).
Mas no Brasil, a justiça estabelece vínculo de desvio do dinheiro com superfaturamento de grandes obras realizadas na gestão de Maluf na Prefeitura de São Paulo.
A cooperação da justiça suíça pode levar a resgate da fortuna caso se prove o suposto crime.
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