Nata do ciclismo na Volta da Suíça
Os grandes nomes do ciclismo internacional participam de 19 a 28 de junho da Volta da Suíça, o mais importante evento anual da modalidade no país. A VdS ocorre entre o Giro d'Italia e o Tour de France, dois dos maiores acontecimentos do ciclismo mundial, num momento em que permanecem suspeitas e fortes indícios de doping.
Pela primeira vez de sua história, a VdS inicia-se, dia 19, no estrangeiro. O “prólogo”- que consiste em prova contra o relógio – de 7,9 km, começa em Rust, no conhecido parque de diversões, Europa Park, sudoeste da Alemanha. As coisas ficam mais sérias desde o dia 20, com a etapa Rust-Basiléia, e as etapas seguintes rumo ao estado do Ticino – sudeste – na Suíça de expressão italiana e volta a Lausanne, na Suíça de idioma francês. E nessa “brincadeira” uma dupla travessia dos Alpes.
A nata do ciclismo inscreveu-se para a prova, considerada excelente preparação para o Tour de France. (Naturalmente os que visam bom desempenho na volta francesa economizam energias na VdS. Mas os que tiram férias podem se esfalfar). Entre os nomes conhecidos do ciclismo, sobressaem na edição 2001 da Volta, o norte-americano Lance Amstrong, com dupla vitória no Tour de France, o italiano Gilberto Simoni, vencedor do Giro d’Italia, seu compatriota Davide Rebellin, n° 1 mundial, e do suíço Oscar Camenzind, vencedor da VdS em 2000. E muitos outras figuras do ciclismo, como o alemão Jan Ullrich e o russo Pavel Tonkov.
Na lista provisória da corrida, não figurava nenhum português e constava o nome de um único latino-americano, Victor Hugo Pena, da Colômbia. Na América Latina, a Colômbia é o único país de grande tradição em ciclismo, e com freqüência, esportistas colombianos da modalidade se destacam nas grandes competições.
As esperanças de vitórias suíças nessa Volta estão depositadas nas pernas de Oscar Camenzind, que pode reeditar a proeza do ano passado, em Alex Zülle, nos irmãos Beat e Markus Zberg, em Niki Aebersold, e figuras menos conhecidas como Roger Beuchat e Marcel Strauss.
A prova mais difícil para todos é recuperar confiança e credibilidade depois de uma série de escândalos de doping envolvendo os profissionais do setor. O último escândalo aconteceu recentemente no Giro d’Italia. Uma busca policial resultou, mais uma vez, em indícios claros de doping generalizado entre os ciclistas participantes.
Especialistas que se debruçam sobre o problema já indagam se os ataques ao ciclismo, “que já está de joelho” (como escreve o jornal suíço La Liberté, de 19/6), não visaria “dar boa consciência a todos os outros esportes”, a começar pelo mais popular, o futebol.
As etapas:
. 1a. etapa (19 jun): Rust (Ale) prólogo contra o relógio de 7,9 km.
. 2a. etapa (20 jun): Rust – Basiléia (178,8 km)
. 3a. etapa (21 jun): Reinach – Baar (162,7 km)
. 4a. etapa (22 jun): Baar – Wildhaus (144 km)
. 5a. etapa (23 jun): Widnau/Heerbrugg – Col du Gothard (220,6 km)
. 6a. etapa (24 jun): Mendrisio – Mendrisio (174,1 km)
. 7a. etapa (25 jun): Locarno – Naters (156,6 km)
. 8a. etapa (26 jun): Sion – Crans/Montana (25,5 km c.o.r)
. 9a. etapa (27 jun): Sion – Lausanne (166,8 km)
. 10. etapa (28 jun): Lausanne – Lausanne (175,9 km)
A volta da Suíça totaliza 1.411 km.
swissinfo com agências.
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