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Pacifistas suíços se organizam

Aproximadamente três mil pessoas protestam no ano passado em Berna (02.12) contra as ameaças de guerra no Iraque. Keystone

Mais de 91 organizações suíças se juntaram numa coalizão contrária a guerra no Iraque. Para pacifistas, conflito deve ser evitado mesmo que o ataque americano seja autorizado pela Organização das Nações Unidas.

Grande manifestação ocorrerá em Berna no dia 15 de fevereiro, assim como em outras partes do mundo.

O Oriente Médio recebe a cada dia mais soldados americanos. O risco de uma guerra no Iraque torna-se cada vez mais concreto. Na Europa, grupos pacifistas começam a organizar-se, para mostrar que não irão aceitar a eclosão de um conflito na região que poderá, no seu entender, desestabilizar todos os países vizinhos.

Na Suíça, os grupos contrários à guerra também começaram a se mobilizar. Nesse sentido, mais de 91 organizações suíças se juntaram numa coalizão contrária a um conflito no Iraque. Os pacifistas defendem a posição que uma invasão americana deve ser evitada, mesmo que o ataque seja autorizado pela Organização das Nações Unidas.

Representantes da entidade beneficente Caritas e do Sindicato da Construção e da Indústria (GBI), assim como Christiane Brunner, chefe do Partido Social Democrata declararam, na quinta-feira, que uma guerra no Iraque será uma catástrofe humanitária e poderá desestabilizar toda a região.

Manifestação planejada para 15 de fevereiro

Essas organizações preparam para 15 de fevereiro um grande protesto em Berna, que será acompanhado no mesmo dia por manifestações em várias importantes cidades do mundo. Na Suíça o protesto ocorre sob o lema “Não à guerra contra o Iraque – Não à troca de sangue por petróleo”.

“Meio milhão de pessoas podem morrer”

Jürg Krummenacher, diretor da Caritas, basea-se em informações fornecidas pelos inspetores da ONU para afirmar que “mais de meio milhão de pessoas poderá morrer numa guerra iraquiana e cinco milhões perderão seus lares”.

“Sobretudo o argumento à favor da guerra, de que o povo iraquiano deva ser libertado do seu ditador, me lembra outros ditadores que governam graças ao apoio de países como os EUA e outras potências ocidentais.

Os partidos também começam a mobilizar suas forças para pressionar o governo federal. Brunner exige que seja reforçada a oferta da Suíça apresentada por Calmy-Rey, ministra das Relações Exteriores a Collin Powell, de mediar um último encontro entre os EUA e o Iraque.

Dentre as 91 organizações que fazem parte da coalizão, destacam-se também o Greenpeace, o Conselho Suíço da Paz, o Serviço Cristão de Paz, assim como o Partido Verde.

Swissinfo com agências

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