Situação é distinta na África lusófona
Dos países africanos de língua portuguesa, a situação mais difícil atualmente na problemática das minas é a de Angola. Todos os países reclamam da falta de colaboração de Portugal e apreciam o "apoio político" do Brasil.
Guiné Bissau
Em Guiné Bissau, existem minas desde a guerra de libertação mas outras áreas também foram minadas durante a guerra civil. As estimativas do governo são de cerca de 20 mil minas na região de Bissau, a capital.
Metade já teria sido desativada, com a ajuda de técnicos de Moçambique e apoio da Holanda e do Reino Unido. A fronteira com o Senegal também está minada, segundo o secretário de Estado Nhassé Na Mã.
Com o final da guerra, milhões de pessoas deslocadas querem voltar para suas regiões vastas áreas estão minadas. Estima-se que existam 7 milhões de minas espalhadas pelo território angolano.
O governo, com a ajuda de algumas Ongs, está mapeando essas regiões e espera terminar esse mapeamento até novembro próximo, antes do início da temporada de chuvas em que as minas mudam de lugar.
A outra prioridade, segundo Balbina da Silva, conselheira no Ministério das Relações Exteriores, é informar as pessoas do perigo das minas e evitar novas vítimas.
3 milhões de pessoas recebem informações nos centros de acolhimento. Os recursos dos programas de informação e mapeamento de minas são de 5,7 milhões de dólares.
Moçambique
Moçambique é o país que mais avançou na desminagem do país que começou logo depois dos acordos de paz assinados em Roma, em 1993.
Na época, estimava-se que havia 2 milhões de minas em Moçambique. Atualmente ainda restam cerca de 785 mil mas desminagem continua e todas as regiões minadas estão mapeadas, segundo Artur Domingos Veríssimo, do Instituto Nacional de Desminagem.
Cerca de 1.700 famílias convivem com minas em aproximadamente 700 aldeias moçambicanas. A ONU participa dos programa de desminagem, os países nórdicos, a UE, Canadá, Japão e Suíça.
swissinfo/Claudinê Gonçalves
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