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Tênis On disputa medalha nas Olimpíadas de Paris

Nos Jogos Olímpicos de 2024 em Paris, alguns dos melhores atletas usarão produtos fabricados pela marca suíça de roupas esportivas, On.

Sessenta e cinco atletas são patrocinados pela On, incluindo a atual tenista número 1 do mundo, Iga Swiatek. A corredora queniana de longa distância e vencedora da maratona de Boston, Hellen Obiri, usará a nova marca de tênis da empresa, Cloudboom Strike LS, que acaba de ser lançada a tempo para as Olimpíadas. A On também está fornecendo os uniformes para a equipe suíça.

Tecnologia exclusiva

A marca percorreu um longo caminho desde seu humilde início em 2010, como uma parceria entre três amigos para comercializar uma tecnologia de amortecimento desenvolvida no instituto federal de tecnologia ETH Zurich.

O novo design, o Cloudboom Strike LS, é feito por robôs que pulverizam poliuretano em um jato contínuo, fundindo-se em um tênis de tecido emborrachado. O tênis leve não tem cadarços, mas tem uma sola bulbosa, que amortece o pé e permite um impacto com o solo mais suave e uma melhor “arrancada” durante as corridas.

Margens de lucro altas

A On agora é um participante sério no altamente competitivo setor de calçados. Vendendo em lojas de mais de 50 países em todo o mundo, as vendas líquidas da empresa em 2023 atingiram CHF 1,79 bilhão (US$ 2 bilhões) e cresceram 47% em relação a 2022. À medida que a sorte da On aumenta, seus concorrentes mais próximos têm enfrentado dificuldades. No final de junho, a Nike previu uma queda de 10% nas vendas no trimestre em curso. As ações da Adidas estiveram em uma profunda queda durante grande parte de 2022 e 2023.

Então, como a empresa cresce tão rapidamente e permanece tão lucrativa?

A revista suíça de consumo, Ktipp, diz que a On tem margens de lucro muito altas quando se considera o custo de produção de seus calçados. Por exemplo, os tênis “Roger Advantage” da On, desenvolvidos em parceria com o craque suíço do tênis Roger Federer, são vendidos por CHF190 (US$ 213), mas são adquiridos no Vietnã por apenas CHF17,86 (US$ 20). Isso significa que os clientes suíços pagam mais de dez vezes o preço de fábrica. Em uma reportagem na televisão pública suíça, SRF (veja acima), a empresa diz que as margens são justificáveis.

(Adaptação: Fernando Hirschy)

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