Basileia improvisa para lidar com prostituição de rua
A polícia da Basileia quer que as prostitutas respeitem a lei quando se trata de fazer negócios. Para isso, a cidade encontrou uma solução fora do comum. (SRF/swissinfo.ch)
Após reclamações dos moradores do bairro da luz vermelha de Basileia, as autoridades municipais acabaram marcando as áreas onde as prostitutas estão autorizadas a permanecer com pictogramas verdes especiais. Essas zonas oficiais foram definidas e comunicadas previamente às pessoas envolvidas com a prostituição, mas nem todas as prostitutas têm obedecido os regulamentos. As autoridades estimam que o número de trabalhadoras do sexo em Basileia seja em torno de 800. Apenas 30 a 50 delas trabalham realmente nas ruas. O restante trabalha em salões, bordéis, bares e serviços de acompanhantes.
Durante o ano passado, a polícia multou cerca de 120 mulheres à procura de clientes fora da zona delimitada. A situação tornou-se mais difícil, com uma alta rotatividade de mulheres provenientes de países do leste europeu, que aproveitam a possibilidade de viajar para a Suíça por até 90 dias sem visto. A maioria vem da Hungria, seguido por Alemanha e Espanha.
No ano passado, o governo propôs medidas para proteger melhor as trabalhadoras do sexo e lutar contra o tráfico de seres humanos. Um relatório de 140 páginas da Secretaria Federal de Polícia tenta esclarecer a questão, após a prostituição ter sido levantada várias vezes no Parlamento.
A prostituição é legal e regulamentada na Suíça desde 1942. No entanto, a prostituição de rua é ilegal, exceto em áreas especialmente designadas nas grandes cidades. A cidade de Zurique introduziu um sistema de garagens sexuais para as prostitutas de rua, que alega ter melhorado as condições de trabalho das interessadas.
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