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Artistas de rua brasileiros expõem na Suíça

Obra de Daniel Merlim, em Basileia. swissinfo.ch

A exposição Streetart e Grafitti pode ser vista em Basileia (noroeste), até 10 de março. A exposição começou em 20 de janeiro e é organizada conjuntamente pela Fundação Brasilea e pela Galeria Choque Cultural. São obras de nove artistas brasileiros.

O curador Eduardo Saretta conta que a abertura foi muito bacana e que os artistas sempre são muito bem recebidos em Basileia.























Obra de Zezão exposta em Basileia

“Além dos colecionadores locais, os brasileiros que moram na Suíça sempre nos prestigiam. I isso torna a festa bastante agradável”, alegra-se. Eduardo Saretta.  

“A segunda noite foi ainda mais interessante, “tivemos 1357 pessoas visitando o prédio do Brasilea e as instalações na rua. Assim pudemos divulgar muito bem nosso trabalho para um público muito especial, assim nossa missão foi cumprida”, contenta-se.

A Choque Cultural é uma plataforma para o desenvolvimento de artistas, colecionadores e público em geral. É uma mistura de escola, oficina e galeria de arte que, desde 2004, apresenta exposições, produz gravuras e livros, incentiva intercâmbios e faz exposições de artistas brasileiros no exterior e de estrangeiros no Brasil.

Eduardo Saretta já conhecia a Suíça, é a segunda vez que vem. Ele diz que é um prazer difundir a arte contemporânea brasileira em um país onde se da tanto valor à prática artística e onde há importantes museus e galerias.

Outro artista participante é o gaúcho Carlos Dias. Ele diz que sempre esteve envolvido com a atividade artística: seu pai era músico e desenhava também, sua mãe era química e ensinou lhe ensinou magia das cores. “Tive bandas e aí comecei a fazer capas de fitas e álbuns. Desde 1999 me dedico à arte de forma mais intensa e integral.”

Participa da Galeria Choque Cultural desde o ano 2000. Natural de  Porto Alegre/RS, morou em São Paulo 20 anos e faz quase três que reside em Florianópolis, mas vive constantemente entre essas três cidades ou em outro lugares.

Carlos Dias gostou dos dias de abertura da exposição:  “foi muito legal, com muita gente indo e vindo, levando a sério, pessoas de todas as idades; me senti feliz vendo meu mundinho sendo visto.” 

Paulistas

Presto começou a pintar na rua em 1996 e participa da Choque Cultural desde 2006.  Para ele, os dois primeiros dias de exposição foram muito bons. “Tivemos uma boa visitação, a resposta do público foi positiva e interessada, conseguimos fazer uma exposição dentro e fora da galeria, e vi que as pessoas gostaram de ver o espaço público também sendo ocupado. A fundação Brasilea nos deu todo o suporte necessário para fazer um bom trabalho e o resultado foi excelente.”

Ele também veio pela primeira vez à Suíça e diz que achou que precisava de mais tempo pra conhecer melhor. “A impressão que tive é que tudo é o avesso do Brasil, organizado , rigoroso e com uma ótima infra estrutura. Conheci pessoas muito simpáticas,  profissionais eficientes e dedicados e saio de Basileia com uma ótima primeira impressão.”

Já Daniel Merlim sempre gostou muito de desenho, principalmente quadrinhos. “Mas foi na pista de skate de da minha cidade, São Bernardo do Campo, que tive contato com o grafite, através dos muros dessa antiga pista. Lá que eu me interessei pela arte e foi lá também que rolou meu primeiro grafite”,conta. “Mas só comecei a pintar na rua de verdade em 2002. Foi quando comecei a pintar com frequência e imprimir um estilo próprio”. Ele está na Choque Cultural desde 2005, quando começou com uma série de trabalhos pequenos em papel e sua primeira exposição individual na galeria aconteceu em 2006.

 Ele achou incrível a abertura da exposição, diz. “Não esperava tanta gente e principalmente um público vasto e interessado. Foi uma feliz surpresa ver um grande publico visitando a exposição”. 

A Fundação Brasilea foi criada em 22 de setembo de 2003, na Basilea.

Objetivos: manutenção de um Centro Cultural para o apoio e promoção da cultura brasileira, principalmente através de shows e exposições de arte e fotografia, e de um Museu sobre o artista plástico Franz Widmar, com uma exposição permanente de suas obras.

A Fundação está empenhada em atingir seu objetivo trabalhando juntamente com outras instituições da região de Basileia, assim como com brasileiros estabelecidos na região.

Basileia

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