Mais um apoio a swissinfo
Os suíços de Portugal e da Espanha não querem o desmantelamento de nosso portal internet. Eles acabam de votar uma resolução nesse sentido.
Depois dos suíços da França, da Alemanha e da Itália, os expatriados que vivem na península ibérica se pronunciam claramente pela manutenção de swissinfo.
«Nós consideramos que swissinfo/SRI uma mídia de grande importância, e não somente para nós, suíços do estrangeiro”, afirma a resolução adotada no final de maio pela conferência dos presidentes das associações de suíços de Portugal e da Espanha.
“swissinfo/SRI é uma mostra para a Suíça”, precisa o texto. Para a praça econômica, turística, cultural e científica da Suíça. Em todas essas áreas, é muito importante que as informações do país sejam difundidas nas línguas nacionais mas também nas principais línguas do mundo.
Não é só um paraíso de férias
Nos últimos anos, um número crescente de profissionais do turismo, e de outros setores, trabalham com Portugnal e Espanha.
“Até o final de 2003, a Suíça investiu 9 bilhões de francos na Espanha”, explicou a swissinfo Heinrich Schellenberg, do Ministério das Relações Exteriores. Como representante da Divisão Política VI (suíços do extrangeiro), ele participou da reunião anunal dos íbero-suíços em Torremolinos, balneário do sul da Espanha.
Uma colônia significativa
“A comunidade suíça na península ibérica, em particular na Espanha, é importante e continua crescendo de ano em ano a um ritmo mais elevado do que em muitos países”, explica a swissinfo Heirich Schellemberg, do Ministério das Relações Exteriores.
De fato, a colônia helvética na Espanha é a quinta mais numerosa do mundo, com mais de 21.500 cidadãos suíços, em 2004. Em Portugal, eles são 2.700.
Muitos deles são aposentados embora nos últimos anos também tenha crescido o múmero de profissionais do turismo e de outros setores econômicos que se estabelecem na península ibérica.
De hecho, la colonia helvética en España es la quinta más numerosa en el mundo. Más de 21.500 ciudadanos suizos residían a fines de 2004 en ese país (2.700 en Portugal).
“As relações econômicas e comerciais se intensificaram nos últimos anos, acrescenta Schellemberg.
“Mais de uma centena empresas helvéticas investiram na Espanha e o comércio bilateral duplicou na última década. No final de 2003, os investimentos suíços na Espanha somavam 9 bilhões de euros”, conclui.
Itália, Alemanha e França
O plano da direção da Rádio e Televisão suíça (SRG-SSR idée suisse) de desmantelar swissinfo/SRI encontra resistência dos expatriados em toda parte. Em meados de maio, os suíços da Itália exigiram durante sua assembléia anual que a difusão de informações para os suíços do estrangeiro seja inscrita como mandato de serviço público da SSR.
No início do maio, os suíços da Alemanha disseram estar “ultrajados” e exigiram que as nove línguas de swissinfo sejam mantidas “na dimensão e na qualidade atuais.”.
Na França, onde vive a maior comunidade de suíços do estrangeiro, os delegados das associações haviam se pronunciado em abril durante seu congresso anual. Por unanimidade, eles votaram uma resolução contra os planos da direção da SSR.
Hoje realmente há numerosas fontes de informação à disposição, afirmara Jean-Paul Aschelimann, presidente da Organização dos Suíços de Montpellier e vice-presidente da Associação dos Suíços do Estrangeiro, mas a vantagem de swissinfo está na sua independência dos meios políticos e econômicos.
A bola está no campo dos políticos
De fato, o desmantelamento de swissinfo é uma opção estratégica escolhida pela SSR. No entanto, inicialmente, é o governo federal que decidiu de cortar sua participação no orçamento de swissinfo como parte de um plano geral de corte de despesas, em 2003.
O futuro de swissinfo resta uma questão em aberto. A revisão da Lei do Rádio e TV ainda está em discussão no Parlamento. A comissão competente da Câmara pronunciou-se claramente contra o desmantelamento e incita o governo a reassumir metade do orçamento de swissinfo.
As comissões parlamentares das Relações Exteriores da Câmara e do Senado também criticaram o plano da SSR. Frente ao vigor inesperado da oposição, a direção geral da SSR publicou um comunicado afirmando sua intenção de esperar o fim dos debates parlamentares em que poderá ser definida de maneira mais precisa o mandato da SSR para o estrangeiro.
Dadas as divergências que subsistem entre a Câmara e o Senado, a Lei deverá ser votada durante a sessão parlamentar de inverno. Até lá, os funcionários de swissinfo continuam ameaçados de demissão e, assim, deixar de informar todos os que nos apóiam.
swissinfo
Quase 24 mil suíços vivem em Portugal e na Espanha.
Eles são 170 mil na França, 70 mil na Alemanha e 40 mil na Itália.
Nesses cinco países, as associações de expatriados exprimiram claramente seu apoio a swissinfo.
Mais de 600 mil suíços vivem no estrangeiro.
100 mil estão inscritos nas listas eleitorais para exercer o direito de voto.
– O plano de desmantelamento de swissinfo anunciado em 22 de março pela direção da SSG-SSR idée suisse enfrenta fortes oposições.
– Três comissões competentes da Câmara e do Senado pronunciaram-se claramente pela manutenção de swissinfo em nove línguas.
– Uma outra comissão do Senado pediu um amplo debate sobre a missão de serviço de serviço público da SSR para o estrangeiro.
– Na sessão parlamentar de inverno, o Parlamento deverá votar a nova Lei do Rádio e TV, que poderá definir o futuro de swissnfo.
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