Novartis troca comando com resultado recorde
O grupo farmacêutico suíço atingiu novos recordes em 2009: mais faturamento, mais lucros e um número inédito de novos medicamentos lançados no mercado.
Como a semente para um futuro promissor parece estar lançada, Daniel Vasella entrega em 1° fevereiro o cargo de diretor-executivo e continuará “apenas” presidente do conselho fiscal.
Vasella pretende concentrar-se nas prioridades estratégicas do grupo. Seu sucessor como executivo-chefe será Joe Jimenez. O norte-americano começou a carreira de executivo vendendo ketchup para a gigante H.J. Heinz (EUA).
Formado pelas universidade de elite de Standford e Berkeley, Jimenez ingressou Novartis no começo de 2007 e poucos meses depois assumiu o comando da área de área de fármacos, responsável por mais da metade do faturamento do grupo.
Vasella comanda a Novartis há 14 anos – nos últimos 11 anos com mandato duplo de diretor-executivo e presidente do conselho fiscal, o que tem sido motivos de críticas.
“O último rei sol deixa o trono. Com a renúncia de Daniel Vasella como CEO da Novartis, a última grande empresa suíça se despede de um estilo de direção mal visto: a do duplo mandato. Só empresa familiares permitem seus chefes a usar dois chapéus”, escreve o jornal Tagesanzeiger.ch, de Zurique.
Sob a chefia de Vasella, a Novartis ganhou muito dinheiro, inclusive na crise. No ano passado, lucrou 10,2 bilhões de dólares, 8% a mais do que em 2008. O faturamento total aumentou 11% em moeda local.
Esse crescimento resultou principalmente do aumento de 12% da receita da divisão de fármacos para um total de 28,5 bilhões de dólares, segundo um comunicado divulgado pela empresa na terça-feira. O faturamento da área de vacinas e diagnósticos cresceu 38%. Neste ano a Novartis esperar continuar crescendo.
Segundo o números publicados nesta terça-feira, a diretoria do grupo teve vencimentos de 60 milhões de francos em 2009 – um terço desse valor foi para Vasella pelo exercício das duas funções.
Futuramente a Novartis vai permitir que os acionistas participam das decisões sobre o valor dos vencimentos de seus executivos.
“Estamos muito satisfeitos com o fato de Novartis separar as funções de CEO e presidente do conselho fiscal, bem como por dar aos acionista o direito de votar sobre os vencimentos do executivos”, disse Dominique Biedermann, diretor da Ethos, uma fundação suíça que defende os direitos dos acionistas e boa governança corporativa.
swissinfo.ch com agências
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