Escola prestigiosa comemora jubileu
O Instituto de Altos Estudos Internacionais, HEI, sediado em Genebra, comemora solenemente 75 anos de existência. O HEI não tem esquecido os problemas do "terceiro mundo".
Um centro científico preocupado com os problemas internacionais foi uma idéia que surgiu já em 1925, com a criação da Sociedade das Nações, precursora da Organização das Nações Unidas. Mas, fruto dessa idéia, o Instituto, o primeiro do gênero, surgiu mesmo em 1927. Há, portanto, 75 anos. Por ela passaram gerações de diplomatas.
Visão ampla
Já faz quase meio século que o Instituto manifesta maior abertura aos países pobres ou emergentes. E como escreve o jornal “Le Temps”, de Genebra, (edição de 5/6), se abre amplamente “a uma concepção global da história, ao direito ao desenvolvimento, aos métodos quantitativos, ao estudo dos problemas estratégicos e de segurança, ao processo de integração européia e à emergência cada vez mais marcante do continente asiático”.
O financiamento do HEI, desde o início não foi fácil, mas os estados e o governo suíços garantiram as bases financeiras da entidade há cerca de 50 anos.
Concorrência
Hoje, existem cerca de 20 institutos semelhantes no mundo. Quando o HEI foi criado, em 1927, era o único do gênero. Enfrenta, portanto, a concorrência internacional.
Se entre as duas grandes guerras “foi um dos raros abrigos para espíritos esclarecidos em busca de liberdade acadêmica”, hoje é considerado excessivamente acadêmico nos que diz respeito à sua especialidade, as relações internacionais.
Qualidade
Outras instituições similares no mundo contam com especialistas que trabalham em universidades com mais estudantes, professores e pesquisadores.
O ex-secretário geral do HEI, Jean-Claude Frachebourg, estima que unicamente a “excelência do ensino e de sua pesquisa o manterá em vida”.
Um outro problema enfrentado está relacionado com o elevado custo de vida da Suíça, o que pode desanimar estudantes pouco endinheirados.
Kofi Annan
O Instituto de Altos Estudos Internacionais (Institut de Hautes Etudes Internationales, em francês), tem atualmente 665 estudantes e ouvintes e 50 professores a tempo integral.
Entre os alunos, o atual secretário geral da ONU, Kofi Annan, que participa das comemorações, dia 7 e 8, em Genebra, dos 7 anos de existência da entidade.
Satélite da ONU
Hoje há insistência por parte da direção em mantê-lo na órbita da ONU, na seqüência da adesão suíça à organização internacional.
O diretor do HEI, Peter Tschopp, sugeriu há poucos dias em Berna, a capital suíça, que o governo faça do instituto “um instrumento de sua nova política”, justamente agora que o País é membro das Nações Unidas. Segundo Tschopp, o Instituto é uma das “raras janelas que a Suíça dispõe para atuar em favor das relações mais justas e eqüitativas”.
swissinfo com agências
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