As crianças refugiadas não falam alemão e muitas também ficaram traumatizadas com o que vivenciaram. Isso representa um desafio especial para os professores na Suíça. (SRF/swissinfo.ch)
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Desde o fim do ano passado, 150 pessoas vivem em um centro de acolho transitório no cantão de Berna. Entre elas, 20 crianças. Todo dia elas viajam para a escola no vilarejo vizinho, acompanhadas de três mães. Essas crianças já percorreram um longo caminho. Elas chegaram da Eritreia, da Ucrânia, do Afeganistão, do Sri Lanka e da Síria.
As crianças refugiadas estão em uma classe própria, já que elas não sabem nada de alemão para começar a escola. Marc-André Perrin ensina as crianças menores. As crianças vêm e vão. Algumas ficam oito dias, outras 11 meses ou mais. É difícil planejar com antecedência, uma vez que os professores não têm ideia de quanto tempo cada criança vai ficar. As crianças chegam durante a noite. E elas podem ir embora de repente, quando suas famílias são realocadas ou seus pedidos de asilo são rejeitados.
A escola primária costumava ter 160 alunos. Quando o centro de acolho transitório abriu, uma classe extra teve que ser iniciada rapidamente. Os professores são regularmente confrontados com o passado das crianças. Pode levar algum tempo para essas crianças se sentirem em casa aqui. Algumas talvez nunca se sentirão. Mas cada dia na escola traz elas um pouco mais a este país.
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