Empresas poderiam salvar o planeta
As empresas estão mais conscientes da necessidade de sua responsabilidade pelo meio ambiente, diz programa da ONU.
Apenas “pequena minoria” de empresas coloca em prática belas palavras.
Segundo o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, desde a Cúpula da Terra, no Rio de Janeiro, há dez anos, as empresas tomam consciência da própria responsabilidade pelo combate à poluição, lixo tóxico e da necessidade de poupar os recursos do Planeta.
Destaca, porém, que só uma “pequena minoria” começou a agir.
Modismo
Chefes de empresa gostam muito de falar de “desenvolvimento sustentável” (ou seja, duradouro). Sinal dos tempos, 2 mil relatório sobre meio ambiente foram publicados pelas firmas desde a Eco-Rio92. “Muitos são relatórios de auto-satisfação”, comenta Jacqueline Aloisi de Larderel, sub-diretora executiva do programa da ONU.
Um exemplo entre outros: o relatório “Meio Ambiente e Segurança” da empresa petroleira TotalFinaElf é tido como uma auto-avaliação pela empresa de seu próprio desempenho. Não há preocupação alguma com perícia externa…
Algumas submetem suas “performances” a associações ecologistas. Um exemplo é o produtor de cimento na França, Lafarge, que criou parceria com o WWW, o Fundo Mundial para a Proteção do Meio Ambiente.
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Lafarge diminuiu emissões de gases que produzem o efeito estufa (atualmente 45 milhões de toneladas, ou seja, tanto quanto a Suíça inteira). O que é considerado, no entanto, uma atitude louvável.
A ambição de muitas empresas é integrar “os fundos éticos” – estabelecidos a partir de índices das bolsas de valores como o “Dow Jones Sustainable Index”. Índice que distinque as empresas “limpas” e “sociais” de cada setor.
O mercado de fundos éticos – 1% dos investimentos mundiais – tem crescido. Se muitas empresas querem aderir é porque é bom para a imagem.
swissinfo com agências.
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