Suíços reciclam 45% do lixo

Garrafas de PET têm 82% de recuperação Keystone Archive

Na recuperação de papel, PET e principalmente vidro e alumínio, os suíços são os primeiros da classe na Europa.

Reverso da medalha : aumentou no País o volume de lixo por habitante.

Depois da Alemanha, Holanda e Dinamarca (nesta ordem), a Suíça é o país onde mais se reciclam detritos urbanos.

Na recuperação de vidro e alumínio chega até a ocupar a liderança com uma taxa de 91%. Na de PET (abreviação de polietileno tereftalato – para condicionamento de bebidas) e também de papel, os índices são elevados: 82% e 64%, respectivamente.

Sombras

“A taxa de 45% de reciclagem já é um novo recorde”, destaca a Divisão Federal de Meio Ambiente, Florestas e Paisagem (OFEFP) que divulgou as estatísticas na terça-feira, 13.06.02. Estatísticas válidas para o ano 2000.

Hans-Peter Fahrni, chefe do setor de detritos da entidade, estima, porém, ser preciso melhorar a recuperação do papel que muita gente ainda se limita a jogar no lixo.

As pilhas usadas continuam ainda sendo um problema com solução insatisfatória, na Suíça. Dois terços delas são jogados fora.

Esterco

Fahrni lembra também que os produtos mais rapidamente biodegradáveis como restos de frutas, legumes e saladas, devem aumentar nas chamadas “lixeiras verdes”. Uma vez fermentados em locais adequados podem ser utilizados como esterco. Cerca de 300 toneladas de detritos “compostáveis” ainda são queimadas todos os anos, constata o OFEFP.

Outra sombra num quadro considerado bastante bom é o fato de que a quantidade de lixo tem aumentado. Em 2000, a Suíça – que tem apenas 7.3 milhões de habitantes – produziu 170 mil toneladas de lixos adicionais em relação ao ano precedente, com uma média de 160 kg por habitante.

Estímulo

Isso não deixa, no entanto, de ser um sinal de boa saúde da economia suíça, realça Fahrni: “Quanto mais as pessoas ganham, mais consomem. Não surpreende então que produzam mais detritos”.

Os suíços não deixam de ter um sério estimulante à reciclagem, o próprio bolso. Dois terços dos habitantes já pagam uma taxa especial, em foram de vinheta colada ao saco de plástico especialmente destinado a esse fim. A eliminação de 35 litros custa cerca de 1 dólar.

swissinfo com agências.