O que diz a imprensa suíça?
Nesta semana, de 9 a 15 de março de 2024, vasculhamos a imprensa suíça para dar uma visão geral das notícias mais importantes relacionadas ao Brasil, Portugal e África lusófona.
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Autora suíça conta como os suíços instalaram fábricas no Brasil.
“O Brasil ainda é um país de sonhos”, escreve Mauro Moruzzi, prefeito da cidade de Neuchâtel, no prefácio do livro “Du diamant au tabac, une première industrialisation suisse au Brésil (1736-1964)”. Essa também é a opinião de Sylvie Doriot Galofaro, autora desse novo ensaio publicado pela Slatkine. Assim como as primeiras famílias de Neuchâtel que imigraram para o Brasil no início do século XIX, a etnóloga e historiadora de arte de Crans-Montana também adotou esse país.
A historiadora dedica 370 páginas aos famosos moradores de Neuchâtel que fizeram fortuna do outro lado do Atlântico: David de Pury, é claro, mas também Auguste-Frédéric de Meuron, James-Ferdinand de Pury, Etienne-Alexandre de Pourtalès e Charles-Edouard Borel… A historiadora pesquisou, encontrou documentos inéditos, pinturas e ilustrações e estabeleceu vínculos surpreendentes no decorrer dessa longa pesquisa histórica e cultural realizada entre Neuchâtel, Marselha, Londres, Lisboa, Salvador, Rio de Janeiro e Recife.
Fonte: Le Journal de SierreLink externo, 15.03.2024 (em francês)
Brasil acelera nos híbridos
As principais montadoras do mundo estão anunciando investimentos maciços para desenvolver modelos híbridos na maior economia da América Latina.
Grandes montadoras globais estão anunciando com grande alarde investimentos maciços para desenvolver modelos híbridos na maior economia da América Latina.
Dois grandes anúncios foram feitos em rápida sucessão na semana passada.
Em 6 de março, o grupo Stellantis prometeu “o maior (investimento) da história do setor automotivo brasileiro e sul-americano”, no valor de 5,6 bilhões de euros entre 2025 e 2030. O Brasil será o principal beneficiário, de acordo com o governo. E a Toyota anunciou investimentos de 2 bilhões de euros, também entre agora e 2030.
Volkswagen, Renault, Nissan, General Motors, BYD, Hyundai: outros gigantes do setor automotivo já anunciaram nos últimos meses que estão apostando alto na produção de veículos híbridos ou elétricos neste país de 203 milhões de habitantes.
Segundo cálculos da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), o Brasil deverá receber 117 bilhões de reais (20,6 bilhões de francos) em investimentos no setor nos próximos anos.
Fonte: AgefiLink externo, 13.03.2024 (em francês)
Confiança demais em Portugal
A S&P eleva a classificação e a perspectiva de crédito de Portugal enquanto o país entra em uma crise política.
Nas eleições antecipadas em Portugal, a oposição venceu por pouco o partido socialista no poder. No entanto, isso ainda não será suficiente para que os conservadores formem um governo. O partido de extrema direita Chega desequilibrou a balança. Ele quadruplicou sua parcela de votos. É provável que ele tenha pelo menos 20% dos assentos no novo parlamento. Tanto os socialistas quanto a constelação eleitoral conservadora liderada pelos social-democratas já haviam descartado a possibilidade de formar um governo de coalizão com o Chega.
Portugal está enfrentando tempos políticos difíceis. As opções não são muito animadoras: ou um governo de minoria, que provavelmente será instável, ou uma grande coalizão, que provavelmente intensificará o clima de protesto no país a médio prazo, ou um rompimento com o governo e uma aproximação política com o Chega. Ou novas eleições – embora não haja muitos indícios de que o resultado será muito diferente do domingo passado.
A perspectiva sombria vinha se desenhando há várias semanas. Isso não impediu a Standard & Poor’s (S&P), uma das principais agências de classificação de risco, de melhorar a classificação do país no início do mês. Ela elevou a classificação de crédito dos títulos do governo português e de outros passivos de longo prazo de BBB+ para A-. A agência ainda descreve a perspectiva da classificação como positiva, indicando que é provável que a classificação seja elevada ainda mais nos próximos anos.
Isso significa que a qualidade da dívida de Portugal é agora a segunda melhor classificada entre os antigos países do GIPS pelas duas agências de classificação mais importantes, a S&P e a Moody’s. Portugal, lembre-se, era o P do famoso grupo de quatro países da zona do euro, incluindo a Grécia, a Irlanda e a Espanha, que teve de ser apoiado financeiramente pelos programas de resgate da UE durante a crise da dívida soberana da zona do euro de 2010/2012 para evitar a falência nacional.
Fonte: Finanz und WirtschaftLink externo, 13.03.2024 (em alemão)
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Publicaremos nossa próxima revista da imprensa suíça em 22 de março. Enquanto isso, tenha um bom fim de semana e boa leitura!
Até a próxima semana!
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