Ano de tragédias serve de alerta
Caras leitoras e caros leitores,
Finalmente! O atual “annus horribilis” chega ao fim. Crises, conflitos e guerras transformaram 2022 em um ano de poucos progressos: nem na proteção climática ou na construção da paz e, tampouco, no desenvolvimento da democracia.
Entretanto, após quase três anos da pandemia, fica claro que muitos países aprenderam a lidar com o vírus sem sacrificar a liberdade dos seus cidadãos. Até mesmo no país mais populoso do mundo, China, a liderança política teve que admitir que sua estratégia de “Covid 0” falhou. Isto depois dos primeiros protestos públicos contra o regime totalitário do presidente Xi Jinping.
Também em outros países pouco democráticos, especialmente o Irã, mas também Turquia ou Hungria, os apelos à liberdade e à democracia cresceram entre a população. Somente na Rússia, onde o regime de Putin trava uma brutal guerra de agressão contra a Ucrânia, violando o direito internacional, opositores tinham apenas duas opções: emigrar ou permanecer em silêncio.
Alguns dias antes da virada do ano, portanto, emerge um quadro ambivalente: autocratas ao redor do globo causaram enormes danos nos últimos doze meses. Ao mesmo tempo, muitos democratas se tornaram conscientes de que é necessário mais esforço para defender as sociedades livres, hoje e no futuro. E isto em todas as frentes: desde a mídia livre e independente, até a defesa tangível dos direitos democráticos, passando por formas mais inovadoras e inclusivas de participação cidadã.
Os jornalistas da swissinfo.ch agradecem seu interesse, engajamento nos debates em dez idiomas, sugestões e críticas! E prometemos-lhe para 2023: estaremos atentos à democracia.
Desejamos a todos boas festas e um feliz ano novo!
Bruno Kaufmann
Coordenador da editoria “Democracia”
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Adaptação: Alexander Thoele
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