Crescem os crimes de colarinho branco
Quase três quartos das empresas suíças afirmam já terem sido vítimas da criminalidade econômica, segundo um estudo recente.
Mesmo assim, a maioria das 250 empresas questionadas recusa-se a investir mais de 50 mil francos suíços por ano em medidas preventivas.
Entre junho e julho, a empresa de auditoria KPMG, de Zurique, fez uma pesquisa junto a 250 empresas suíças, com resultados surpreendentes: 73% delas afirmam terem sido vítimas de alguma forma de criminalidade econômica.
O delito mais citado é a fraude, com 42% dos casos, seguido pela corrupção (12%) e pelo roubo de dados e violação de direitos autorais (10%).
Em 20% dos casos, os delitos foram descobertos por revisores internos ou externos das contas das empresas. Um em cada cinco casos foi descoberto por acaso.
Para reagir à criminalidade econômica, mais de um quarto das empresas atingidas preconizam reforçar seus sistemas de controle interno e 18% pretendem promover uma maior sensibilização dos funcionários para o problema.
Não mais de 50 mil francos
Quase 60% das empresas incluem a criminalidade econômica na gestão de riscos, afirma a KPMG. Mais de 80% das empresas se dizem dispostas a investir até 50 mil francos por ano em prevenção. 10% estão dispostas a investir mais do que essa soma.
Mesmo se os delitos econômicos estão entre os grandes riscos comerciais, essa criminalidade, amplamente praticada, continua sendo um tabu, comenta o estudo da auditoria. A explicação é que as empresas subestimam o risco em suas próprias contas.
8 bilhões perdidos
Segundo dados da polícia federal, o prejuízo causado pela criminalidade econômica representa de 2 a 4% do produto interno bruto (PIB), ou seja, 8 bilhões de francos suíços por ano. Em 80% dos casos, o autor do delito é um funcionário da empresa.
A pesquisa demonstra também que as empresas temem o aumento de outras formas de criminalidade econômica como a espionagem, a lavagem de dinheiro e os cibercrimes (cometidos através da internet).
swissinfo com agências
Segundo a polícia federal, a criminalidade de colarinho branco provoca perdas de 8 bilhões de francos por ano à economia suíça.
Conforme estudo da auditoria KPMG, 73% das empresas suíças são vítimas de delitos:
42% de fraudes,
12% corrupção,
10% de roubo de dados e violação de direitos autorais.
– O crime econômico tem formas múltiplas e seus autores pertencem a diversas categorias.
– Na Suíça, o perfil típico do criminoso de colarinho branco é um homem de 30 a 45 anos com bom nível de formação.
– Seu salário geralmente é superior à média e geralmente é uma pessoa que gosta de esbanjar.
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